Relembre três clássicos que fizeram história no setor audiovisual amazonense

Os filmes podem ser uma boa opção para quem deseja ver algo diferente e valorizar profissionais locais (Reprodução/Internet)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – O setor audiovisual no Amazonas é repleto de talentos. O movimento de cinema local tem uma rica história de luta, resistência e produções que marcou época e o cenário cinematográfico tanto no Amazonas quanto fora dele.

Infelizmente, por conta da pandemia, os planos e as produções de quem atua no setor tiveram que ser adiados. Mas é possível encontrar na internet uma vasta opção desses trabalhos audiovisuais que passa pela comédia, terror, infantil, ficção, até as mais irreverentes abordagens de temas exibidos nas telas.  

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Para relembrar e amenizar o tempo de espera da realização de novas produções, listamos três grandes clássicos do cinema amazonense que deixaram marca e fizeram história no setor audiovisual não só local como em outros Estados do também. Confira:

“Se não”

É um curta-metragem amazonense baseado no conto de Valéria Pisauro. A produção é uma adaptação da famosa história do “Homem do Saco” muitas vezes contada pelos pais para educar de forma lúdica os filhos mais teimosos.

Com duração de 15 minutos, o filme foi dirigido por Moacy Freitas que, inclusive, faz o papel do homem do saco e apresenta uma direção de fotografia lúdica assinada pelo cineasta Z Leão. O curta já ganhou muitos prêmios e é considerado pela maioria público e críticos do audiovisual como uma das melhores produções do cinema amazonense.

Classificado como gênero de ficção, filme foi gravado em Paricatuba, distrito do município de Iranduba, distante 31 quilômetros de Manaus, AM. Misterioso, lúdico e ao mesmo tempo leve, apesar de ser um conto infantil, “Se Não” consegue abraçar todos os públicos.

“Se não” é um filme lúdico e leve que abraça todos os públicos (Reprodução/internet)

Manjara

Com roteiro de Ivo Pinheiro, dirigido por Renan Carvalho e fotografia de Z Leão, Manjara é um grato presente para o audiovisual amazonense. Com um contexto amazônico, o filme conta a história de Preta, uma jovem grávida habitante da floresta e, desconsiderando os avisos da mãe em respeitar os mistérios da natureza, bate em uma cobra ao encontrá-la no caminho.

Quando o filho nasce, preta percebe uma marca do réptil nas costas do bebê. Após alguns meses, o menino chamado Manjara cai no rio e desaparece. Anos depois, o jovem encantado volta à comunidade onde nasceu e encontra a filha de preta dando o desenrolar da história que conta com o elenco de atores amazonenses. A produção foi realizada na comunidade de Tupé e parte no ramal do Jarauari, em Iranduba.

Manjara possui uma direção de fotografia elogiada pela crítica (Reprodução/divulgação)

Geysislane, meu amor

O curta-metragem que deu vida a umas das canções mais ícones do cantor Nícolas Júnior, completou 15 anos em maio do ano passado. O curta foi uma ideia do Cineasta Z Leão que, junto aos alunos do curso de cinema Liceu Claudio Santoro, colocou em prática este que é um clássico dos curtas-metragens amazonenses.

De acordo com o cineasta Z Leão, a ideia era celebrar os costumes amazonenses, que na época, era uma realidade que a música retratava com fidelidade. A iniciativa deu tão certo, que o curta ultrapassou as fronteiras e ficou conhecido em outros Estados, ganhou o prêmio de menção honrosa no Festival Mapinguari em Rondônia e teve seis exibições no Festival de Curtas-Metragens de São Paulo.

Atualmente o vídeo no YouTube tem quase três milhões de acesso e só não é monetizado por conta dos direitos autorais da música do Fernando Mendes inclusa em um trecho da produção.

O curta tem quase 3 milhões de visualizações no YouTube (Reprodução/internet)

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