Representatividade feminina importa e vale a pena continuar, lutar e acreditar

O Dia Internacional da Mulher frisa a importância da mulher na sociedade e na história de luta por seus direitos. No dia 8 de março de 1917, milhares de mulheres se reuniram num protesto, na Rússia, que ficou conhecido como “Pão e Paz”, e muito mais do que comemorar a ação destas pioneiras na luta por seus direitos, hoje é o dia de refletir sobre as conquistas, desafios e avanços das mulheres em todas as esferas da sociedade.

É dia também de relembrar das injustiças, discriminações, feminicídio, misoginia, da desigualdade salarial, social e de cidadania enfrentadas, diuturnamente, ao longo de toda a história da humanidade. Em diversos momentos a participação feminina foi decisiva e mudou os rumos da história, mas, em poucos momentos, ela foi registrada com Justiça.

Ao longo da história, outros acontecimentos recordam a luta das mulheres que faziam longas jornadas de trabalho, recebiam salários muito baixos e, sequer, tinham direito ao voto. Sem dúvida, houve avanços, mas ainda não o suficiente.

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Mais de 100 anos passaram da criação desta data emblemática e ainda temos que falar sobre os direitos das mulheres. O preconceito, infelizmente, persiste e deve ser combatido veementemente. Um caso estarrecedor que tem repercutido na mídia nacional e mundial foi a falta de decoro do segundo deputado estadual mais votado de São Paulo, Arthur do Val, conhecido como “Mamãe Falei”.

O parlamentar, empresário e youtuber, em áudios trocados com amigos, em um grupo de conversas pela internet, não apenas afirmou que as mulheres ucranianas são “fáceis, porque são pobres”, como também mostrou uma face oculta de muitos homens que acham que podem continuar fazendo, pensando e falando tudo o que quiserem para humilhar mulheres em situação de vulnerabilidade.

Arthur do Val envergonha os parlamentares brasileiros com uma postura ofensiva não apenas às mulheres ucranianas, mas todas às mulheres de seu País e ao seu eleitorado. Pela falta de respeito às ucranianas, até a namorada do parlamentar terminou o relacionamento antes mesmo dele pisar no Brasil. Uma atitude corajosa e coerente da parte dela.

Inegável que conquistamos muito, mas ainda estamos longe do ideal. Precisamos incentivar, motivar e inspirar mulheres de todas as idades, crenças, raças, ideologias, partidos políticos e profissões. Nestes tempos tão conturbados e de guerra se faz necessário entender que a representatividade feminina importa, e que vale a pena continuar, lutar e acreditar. Feliz Dia da Mulher!

Formada em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Grace também já foi vice-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Em 2018, foi eleita como vice-presidente da OAB-AM na chapa de Marco Choy para o triênio 2019/2021. Em 2020, assumiu a presidência da OAB-AM, sendo a primeira mulher a assumir a OAB no Amazonas.

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(*)Formada em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Grace também já foi vice-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Em 2018, foi eleita como vice-presidente da OAB-AM na chapa de Marco Choy em 2018 para o triênio 2019/2021. Em 2020, assumiu a presidência da OAB-AM, sendo a primeira mulher a assumir a presidência no Amazonas.]

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