Richard Vogt, especialista em tartarugas do Inpa, morre aos 71 anos em Manaus


18 de janeiro de 2021
Richard Vogt, especialista em tartarugas do Inpa, morre aos 71 anos em Manaus
Richard Cal Vogt tinha 71 anos e era um importante cientista na área de quelônios (Reprodução)

Com informações de agência

MANAUS – O cientista Richard Carl Vogt, fundador do Centro de Estudos dos Quelônios da Amazônia (Cequa), faleceu no domingo, 17, em Manaus. Vogt estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o último dia 13 de janeiro com infecção bacteriana.

Chamado carinhosamente de “Dick”, Richard também era pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Vogt tinha 71 anos e não há confirmações de que ele tenha sido vítima de Covid-19. Ele era natural dos Estados Unidos e antes de vir ao Brasil passou por diversos países.

Considerado um dos maiores especialistas de quelônios do mundo, o cientista esteve envolvido em duas das mais importantes descobertas na área de estudos das tartarugas de água doce.

Descobertas

Em 1979, junto com James J. Bull, pesquisador e professor da Universidade do Texas, em Austin (EUA), constataram que a determinação do sexo das tartarugas se dá pelo tempo de incubação dos ovos de acordo com a temperatura.

Em 2012, Vogt e a doutoranda do Inpa, Camila Ferrara, foram os primeiros pesquisadores a comprovar que há comunicação acústica entre as tartarugas-da-amazônia. Em 2014, a dupla também comprovou que as tartarugas mantêm um comportamento parental entre mães e filhotes.

Além das descobertas, Richard Carl Vogt recebeu o prêmio Behler de Conservação de Tartarugas, nos Estados Unidos, sendo autor de mais de 100 artigos científico, além de doze livros em inglês, português e espanhol.

Nota

A direção do Inpa divulgou uma nota de pesar, além de mensagens de despedida e biografia do Dr. Richard Vogt. “O Programa de Coleções Científicas e Biológicas do Inpa lamenta a perda do grande pesquisador e curador da Coleção de Anfíbios e Répteis, Dr. Richard Carl Vogt”, diz trecho.

“Dick como era conhecido por todos, desenvolveu um longo programa de pesquisa reconhecido internacionalmente sobre a biologia e conservação dos quelônios continentais. Através de inúmeras parcerias, Dick desenvolveu pesquisas que são referência para a conservação dos quelônios amazônicos, tendo estabelecido programas de monitoramento de longo prazo e atuado na formação de dezenas de cientistas no Brasil”, completou.

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