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Setembro foi o mês mais quente em 174 anos de registros globais, afirma agência
Pessoas observando o pôr do sol no mirante da Praia da Ponta Negra, em Manaus (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium Amazônia)
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13 de outubro de 2023
Da Revista Cenarium Amazônia*
SÃO PAULO (SP) – Depois de um mês de setembro com recordes de temperaturas, 2023 será, quase certamente, o ano mais quente já registrado, afirmou nesta sexta-feira, 13, uma agência americana.
“Há uma probabilidade maior que 99% de que 2023 seja o ano mais quente já registrado”, afirmou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês).
A previsão fatídica ocorre semanas antes de líderes mundiais se reunirem em Dubai para a COP28, um encontro durante o qual vão abordar o futuro dos combustíveis fósseis, principais responsáveis pelo aquecimento global.
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Setembro foi o mês mais quente em 174 anos de registros globais, confirmou a NOAA. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, anunciou esse recorde no início de outubro.
“Setembro de 2023 foi o quarto mês consecutivo com temperaturas recordes”, afirmou, por meio de nota, Sarah Kapnick, cientista-chefe da NOAA.
“Não só foi o mês de setembro mais quente já registrado, mas o mais atipicamente quente” nos registros da agência, acrescentou. “Para dizer de outra maneira, setembro de 2023 foi mais quente que a média de julho de 2001 a 2010.”
A temperatura global em setembro ficou 1,44°C acima da média do século 20, segundo a agência americana.
O Copernicus também estimou que 2023, provavelmente, seria o ano mais quente da história e avaliou que setembro foi quase 1,75°C mais quente que a média para o mês no período pré-industrial, de 1850 a 1900.
“Passamos pelo setembro mais incrível de todos os tempos do ponto de vista climático. É algo difícil de acreditar”, disse na última semana o diretor da instituição, Carlo Buontempo, ao comentar o recorde. “A mudança climática não é algo que acontecerá daqui a dez anos. A mudança climática está aqui.”
Pelo Acordo de Paris, o teto de aquecimento do planeta deveria ficar, idealmente, em 1,5°C acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial. Esse limite é considerado essencial para evitar as consequências mais catastróficas da mudança climática, como o desaparecimento de países-ilha.
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