Simpósio sobre ameaças que povos indígenas sofrem na Amazônia encerra com manifestação em Manaus
29 de abril de 2022
Protesto indígena de várias etnias contra a a invasão de garimpeiros em território indígena que tem causado mortes durante dois conflitos. (Sérgio Lima/Poder360 14.06.2021)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – O último dia do simpósio “Povos Indígenas, Resistências às Políticas Neoliberais na Amazônia” ocorre nesta sexta-feira, 29, em Manaus, e será encerrado com um ato público marcado para as 17h, na praça Expedito Monteiro, entre as avenidas Djalma Batista e Darcy Vargas, bairro Chapada, zona Centro-Sul da capital. Este é o terceiro dia do evento, que iniciou na quarta-feira, 27, e propôs a discussão e a elaboração de estratégias urgentes para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
O simpósio iniciou na quarta-feira, 27. (Divulgação)
O tema do simpósio neste último dia foi “Diretos na cidade: povos indígenas no contexto urbano”, que debateu a luta dos povos indígenas que residem nos centros urbanos e precisam enfrentar preconceitos. Uma das mulheres participantes foi a coordenadora da Associação das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé, Regina Sateré-Mawé, que falou sobre algumas dificuldades.
“Eu me orgulho muito de ter presenciado, junto com a minha mãe, que existiam poucos indígenas na época dos anos 1990, quando nós começamos, pouca gente se reconhecia como indígena, mas agora nós vemos muitas etnias ressurgindo. Isso é motivo de muita alegria. A retomada do movimento indígena está sendo muito forte. Eu tenho que dizer que isso foi muito importante para nossa luta e hoje estamos passando para os nossos filhos e netos, de onde viemos e para onde queremos ir”, destacou ela.
“Não foi fácil e também não está sendo, mas estamos aqui. A gente continua na luta, junto com as outras mulheres, e com isso os temos bastantes avanços, mas também retrocessos na nossa caminhada. Mas a gente continua a nossa política como indígena que somos”, concluiu ela.
Organização do simpósio
O evento é organizado pela Cáritas Arquidiocesana de Manaus, Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares), Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Escolar Indígena e Etnografia da UEA, Laboratório Dabukuri – Grupo de Planejamento e Gestão do Território na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Fórum de Educação Escolar e Saúde Indígena do Amazonas (Foreeia), Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e conta com o apoio da Misereor, uma entidade da Igreja Católica na Alemanha.
O evento é transmitido pelos meios de comunicação da Cáritas Arquidiocesana de Manaus no Facebook e no YouTube.
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