Sindicato paraense denuncia demissão de agentes comunitários em meio à alta da dengue
01 de março de 2024
Ribeirinho no município paranese Afuá (Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Pará)
Raissa Araújo – Da Revista Cenarium
BELÉM (PA) – O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde-PA) denunciou a Prefeitura de Afuá por demitir 31 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) de maneira arbitrária e prepotente, segundo avaliação do sindicato, na última quarta-feira, 28.
Considerando a ação inconstitucional, o sindicato destaca a preocupação com a falta de imunização e ressalta que a medida prejudica o acesso da população aos serviços de saúde em um momento crítico com recordes de casos e mortes por dengue no Brasil, que até o início de fevereiro já havia registrado 345 mil casos.
No Pará, de acordo com o Informe Epidemiológico 01 da Secretaria de Saúde do Pará, neste ano, já há confirmados 409 casos de dengue, sendo 402 de dengue e sete de dengue com sinais de alarme. Não houve óbito por dengue.
Município de Afuá, no Pará (Marcelo Camargo/Agência Pará)
Além de ser considerada inconstitucional, em um período em que o Brasil está em alerta devido à endemia da dengue, a demissão dos Agentes impacta diretamente no desemprego em Afuá, afetando o sustento de várias famílias, conforme aponta o sindicato.
O Sindsaúde-PA está tomando medidas para garantir o retorno imediato desses profissionais às posições conquistadas de forma transparente durante o processo seletivo de 2021.
“A medida do prefeito é arbitrária e autoritária, especialmente em um ano eleitoral. Lutaremos pelo retorno imediato desses ACSs aos cargos que ocupavam”, afirma Miriam Andrade, coordenadora das Políticas Sindicais do Sindsaúde-PA.
A demissão em massa dos agentes comunitários também tem sérias repercussões na prestação de serviços de saúde à população de Afuá. Os coordenadores do Sindsaúde-PA na seção Afuá, Ronnatan Brito e Mauro Gemaque, alertam que cerca de 12 mil pessoas, principalmente na zona rural, ficarão desassistidas.
A medida é prejudicial nas comunidades ribeirinhas, onde a maioria dos Agentes atendia às demandas em áreas geralmente alagadas, favorecendo a proliferação de doenças. A reportagem da REVISTA CENARIUM não conseguiu entrar em contato com a Prefeitura de Afuá, mas aguarda posicionamento.
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