Com informações do O Globo
MANAUS – Até o primeiro dia de competições, Simone Biles exalava tranquilidade e felicidade nos treinos e nas redes sociais. Fez quiz com seus seguidores do Instagram, sorria nas fotos com as amigas de equipe e comemorava o aniversário do namorado a distância. Veio a classificatória e Biles mostrou que também é humana. Cometeu erros no salto, nas barras e no solo.
Ainda assim conseguiu se classificar para a final em tudo. Mas algo mudara. Nos últimos dias, poucas publicações nas redes e poucos sorrisos. Chegou a primeira final, por equipes, neste sábado, e o tão esperado salto sobre a mesa deu lugar não veio. Uma saída ruim do aparelho, uma nota baixa para seus padrões, e ela desistiu da competição. O que aconteceu?
Nos bastidores, circula que o problema tenha sido uma possível lesão física. A confederação americana afirmou ter sido um problema de saúde, mas não especificou qual. Mas, visivelmente, nada leva a crer que Biles tenha uma contusão séria. Ela pulou e comemorou as notas das companheiras e, de agasalho da equipe, acompanhou o restante das provas – as americanas perderam o ouro para as russas, algo que não acontecia há mais de uma década em competições internacionais, e as britânicas foram bronze.
Nada de tratamento clínico imediato. Nem sempre a lesão precisa ser física para afetar uma atleta. O psicológico abalado também é capaz de desconcentrar até a melhor do mundo de todos os tempos. Levá-la a cometer mais erros e, aí sim, correr o risco de se machucar mais seriamente.
Biles tem motivos de sobra para ter o mental afetado após um início ruim. Ela assumiu o status de melhor do mundo antes dos Jogos Olímpicos. Carrega no uniforme o símbolo da cabra, que faz um trocadilho com a palavra em inglês Goat, que serve tanto para o animal, quanto para a sigla Greates of All Times, ou a melhor de todos os tempos.
Chegou a Tóquio como o principal nome da competição, que não conta mais Usain Bolt nem Michael Phelps. O peso de ser a melhor do mundo de todos os tempos cobrou seu preço. Logo após a classificatória, ela escreveu em seu Instagram: “Eu realmente sinto, às vezes, como se eu tivesse o peso do mundo sobre as minhas costas… eu faço parecer que a pressão não me afeta mas, às vezes, é difícil”.
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