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Subcomandante do Cigs é terceiro militar com atuação no Amazonas alvo de operação da PF
Subcomandante do Cigs, tenente-coronel Cleverson (Composição de Paulo Dutra/Revista Cenarium)
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08 de fevereiro de 2024
Karina Pinheiro – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – O subcomandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), tenente-coronel Cleverson Ney Magalhães, foi alvo de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis deflagrada na manhã desta quinta-feira, 8, pela Polícia Federal (PF). A unidade de treinamento militar é localizada no bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus.
Ao todo, a Tempus Veritatis cumpriu mandatos contra três militares do Exército Brasileiro que atuam e atuaram no Amazonas. Os ex-comandantes do Comando Militar da Amazônia (CMA), sediado em Manaus, general Augusto Heleno e general Estevam Cals Theophilo Gaspar, também foram alvos de mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares.
A informação consta em decisão judicial referente à petição 12.100/DF assinada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) ao qual a REVISTA CENARIUM teve acesso. Tanto o general Heleno quanto Theophilo Gaspar foram alvos de mandados de busca e apreensão, além de serem obrigados a entregar o passaporte e proibidos de manter contato com outros investigados do caso, inclusive, por meio de advogados.
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Cleverson Ney Magalhães é citado 16 vezes na petição que consta no Supremo Tribunal Federal (STF). Foram cumpridos contra o subcomandante medidas cautelares e mandados de busca e apreensão de armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos na casa do investigado.
As apurações da Tempus Veritatis apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar em dinâmica de milícia digital.
De acordo com o relatório da Polícia Federal (PF), o subcomandante fazia parte do Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, atuando em reuniões de planejamento e na mobilização, logística e financiamento para manter as manifestações em frente aos quartéis militares.
Inclusive, Cleverson participou de uma organização de encontro específico para tentar influenciar militares, com curso de Forças Especiais, com intenções golpistas, que dariam suporte às medidas para tentar impedir a posse do presidente eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário.
O subcomandante teve a suspensão da função pública e foi proibido de sair do País, tendo que entregar os passaportes nacionais e estrangeiros no prazo de 24 horas e de manter contato com os demais investigados, inclusive, por meio de advogados.
Operações nos Estados
Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas das prisões expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, no Amazonas foram apreendidos dois aparelhos celulares, duas pistolas, dois notebooks e dez pen drives. Nenhuma prisão aconteceu até o momento.
De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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