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Ex-comandantes do CMA são alvos de operação da PF que investiga golpe
General Augusto Heleno (a esq) e o general Theophilo Gaspar (Composição de Wesley Santos/Revista Cenarium)
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08 de fevereiro de 2024
Jefferson Ramos – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – Os ex-comandantes do Comando Militar da Amazônia (CMA), sediado em Manaus, no Amazonas, general Augusto Heleno e o também general Estevam Cals Theophilo Gaspar foram alvos da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que apura tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
A informação consta em em decisão judicial referente à petição 12.100/DF assinado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) ao qual a REVISTA CENARIUM teve acesso. Tanto o general Heleno quanto Theophilo Gaspar foram alvos de mandados de busca e apreensão, além de serem obrigados a entregar o passaporte e proibidos de manter contato com os outros investigados do caso, inclusive por meio de advogados.
No caso de general Heleno, a PF cumpriu mandados de busca para apreender armas, munições, celulares e tablets e quaisquer outros materiais relacionados aos fatos.
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Heleno comandou o CMA de 2007 a 2009. No Governo Bolsonaro, foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que cuida da segurança presidencial. Theophilo Gaspar comandou o Comando Militar da Amazônia de 2020 a dezembro de 2022.
As apurações da Tempus Veritati apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
O segundo eixo de atuação, conforme da PF, consistiu de atos para fomentar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de golpe de Estado, com apoio de militares das Forças Armadas.
Operações nos Estados
Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Os mandados cumpridos pela operação da PF foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que encabeça os inquéritos das fake news e do atos antidemocráticos na Suprema Corte.
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