Suécia está prestes a se tornar o primeiro País da Europa livre do cigarro

A taxa de fumantes na Suécia caiu de 15% para 5,6% da população em 15 anos (Reprodução/Internet)
Da Revista Cenarium*

EUROPA – A Suécia está a caminho de uma taxa de tabagismo abaixo de 5% e se aproxima do marco histórico de se tornar o primeiro País “livre do tabagismo” da Europa. De acordo com o relatório “A experiência sueca: um roteiro para uma sociedade sem fumo”, apresentado em 14 de março em um seminário internacional de pesquisa, em Estocolmo, nenhum outro País da União Europeia está perto de replicar essa conquista e nenhum está efetivamente no caminho de alcançá-la, conforme a meta estabelecida pela União Europeia para 2040.

Segundo os autores do relatório, a abordagem da Suécia, que combina métodos de controle do tabagismo com estratégias de minimização de danos, pode salvar 3,5 milhões de vidas na próxima década se outros países do bloco adotarem medidas semelhantes.

A inovadora estratégia do País para minimizar os efeitos prejudiciais do tabagismo combina as recomendações da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS, incluindo a redução da oferta e demanda de tabaco e a proibição do fumo em determinados locais, mas acrescenta um elemento importante: aceitar produtos sem fumaça como alternativas menos prejudiciais.

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“Trata-se de combinar o controle do tabagismo com a minimização de danos”, explica o médico especializado em questões globais de saúde pública, Delon Human, um dos autores do relatório, em comunicado. “Não existem produtos de tabaco isentos de riscos, mas os cigarros eletrônicos, por exemplo, são 95% menos prejudiciais que os cigarros. É muito melhor para um fumante mudar de cigarros comuns para cigarros eletrônicos ou sachês de nicotina oral do que continuar fumando”, completa.

Benefícios de saúde pública

Os benefícios da estratégia sueca são visíveis: o País tem a menor taxa de doenças relacionadas ao tabaco, na União Europeia, e uma incidência de câncer 41% menor do que outros países europeus. O relatório também descreve como a porcentagem de fumantes, na Suécia, caiu de 15% para 5,6% da população, em 15 anos, tornando-a o primeiro País com potencial de alcançar o status de livre do fumo 17 anos antes da meta estabelecida pela União Europeia.

“A Suécia tem uma estratégia para o tabaco muito bem-sucedida que precisa ser exportada”, diz o professor Karl Fagerström, também autor do relatório, em comunicado. “Seria um benefício enorme para o mundo se mais países fizessem como a Suécia, com incentivos para mudar de cigarros para alternativas menos prejudiciais”, acrescentou Fagerström.

Para a implementação da estratégia em outros países o relatório recomenda três ações principais:

  1. Reconhecer os produtos alternativos de entrega de nicotina, por exemplo cigarros eletrônicos, como sendo menos prejudiciais e que representam um risco significativamente menor do que fumar. Incentivar os fumantes a mudarem de cigarros convencionais para alternativas menos prejudiciais.
  2. Fornecer informações baseadas em fatos. Não se trata de um produto isento de riscos mas, por exemplo, os cigarros eletrônicos são 95% menos prejudiciais do que os cigarros convencionais. Obviamente, é melhor para um fumante mudar de cigarros convencionais para cigarros eletrônicos.
  3. Decisões de regulação que tornam as alternativas de menor risco mais acessíveis do que os cigarros convencionais.
(*) Com informações do Infoglobo
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