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Suspeito afirma que ordem para matar servidor do TCE-AM partiu da Bahia
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05 de dezembro de 2023
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – Um homem identificado como João Gabriel, conhecido como “GB”, é o segundo investigado pela polícia por envolvimento no homicídio do advogado e servidor do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) Erwin Rommel Godinho Rodrigues. Ele foi preso nessa segunda-feira, 4, e afirmou à polícia que a ordem para matar o advogado partiu da Bahia. A polícia informou que ele integra a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
“Durante o curso das investigações, conseguimos identificar um veículo que era utilizado como carro de apoio por parte dessa quadrilha, cedido pelo João Gabriel. E a nossa investigação acabou cruzando com a investigação da DEHS [Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestos]“, explicou o delegado.
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Na delegacia, João Gabriel confessou que foi ele quem dirigiu o carro que levou Hewerton Kauan até o restaurante para matar Rommel. O suspeito contou, ainda, que a motivação do homicídio foi uma dívida de R$ 200 mil contraída de honorários advocatícios por um homem no Estado da Bahia. A polícia ainda investiga esta versão.
Quadrilha
Além de João Gabriel, Luciano Batista de Souza, o “Barba”, e Eduardo Gonçalves dos Santos foram presos, durante a operação policial do 1º DIP, pelos crimes de roubos, furto, homicídio e tráfico de drogas. A polícia informou que todos os três integram a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Conforme o delegado, a equipe conseguiu identificar o veículo usado nos roubos e conseguiu constatar que o veículo também era investigado pela DEHS acerca do homicídio de Erwin Rommel Godinho Rodrigues.
Prisão
Preso sob suspeita de assassinar o advogado e servidor do TCE-AM, Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante afirmou que foi contratado para cometer o crime, sob a promessa de receber R$ 5 mil. Ele foi detido no último domingo, 3, pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), e afirma que não chegou a ser pago, sem informar quem o contratou.
A prisão ocorreu no âmbito da “Operação Legisperitum“, deflagrada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O delegado Ricardo Cunha afirmou nessa segunda-feira, 4, que ainda não havia confirmação da motivação do crime, e várias linhas de investigação eram consideradas. Segundo Cunha, o suspeito afirmou não saber a identidade de quem o contratou.
“O Hewerton não colaborou inicialmente com as investigações. Ele não nega que foi ele o executor do crime, mas disse que foi contratado para isso. Não sabe quem é a pessoa que contratou, enfim, a gente acha que ele está contando uma mentira e ainda tem muitas linhas de investigação a serem puxadas e checadas acerca da motivação, não está muito bem esclarecida“, explicou.
Homicídio
Ricardo Cunha detalhou ainda a dinâmica do crime, que ocorreu no último dia 11 de novembro, na Alameda Santos Dumont, conjunto Santos Dumont, bairro da Paz, Zona Centro-Oeste de Manaus. O advogado foi vítima de uma emboscada e alvejado com seis tiros após sair de um restaurante. O suspeito chegou ao local antes do servidor do TCE-AM e o aguardou do lado de fora do estabelecimento.
“Ele [o suspeito] aguardou o Rommel sair do restaurante, estava na espreita, se posicionou atrás dessa vítima e fez o primeiro disparo, não dando qualquer tipo de chance de defesa. A vítima ainda tentou correr, mas já tinha sido alvejada. Foi posteriormente alvejada com mais cinco disparos, sendo que um deles atingiu a região do coração“, contou o delegado.
O servidor do TCE-AM foi socorrido e chegou a ser encaminhado ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, mas não resistiu e morreu na unidade hospitalar. O crime foi registrado por câmeras de segurança e testemunhas que estavam no local, o que facilitou a identificação do suspeito. Ainda segundo Ricardo Cunha, a arma do crime e as roupas usadas por Hewerton no momento do assassinato ainda não foram localizadas.
Família
Erwin era primo da presidente do TCE-AM, conselheira Yara Lins, e do deputado federal pelo Amazonas Fausto Júnior. O delegado afirmou, no entanto, que não pode confirmar ou excluir a possibilidade de o crime ter relação com a família. O inquérito será mantido em sigilo.
“Vamos manter o sigilo necessário para eficácia da investigação. O fato dele pertencer a uma família [influente] pode ou não pode ter a ver, tudo isso vai ser checado“, declarou.
Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante vai responder por homicídio qualificado, em razão de não te dado nenhuma chance de defesa à vítima. Ele está à disposição da Justiça.
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