‘The Intercept’ afirma que Governo Bolsonaro ignorou 21 ofícios de pedidos para Yanomami

Caso do cartão de vacinação do ex-presidente ainda não foi definido (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – Era novembro de 2020 e as lideranças Yanomami já denunciavam a invasão em massa dos garimpeiros em suas terras, no Noroeste de Roraima. Preocupados, os líderes pediam apoio à Hutukara Associação Yanomami para enviar ofícios de alerta ao Ministério Público Federal, à Funai e ao Exército.

Os documentos, obtidos pelo Intercept, mostram uma sequência aterrorizante de ataques e pedidos de ajuda – quase todos sucedidos por novos ataques e mais denúncias de avanço do garimpo. 

A Hutukara, entidade criada pelos próprios indígenas para fortalecê-los, enviou 21 ofícios aos órgãos públicos, ao longo de dois anos, sobre os “conflitos sangrentos que no limite podem atingir a proporção de genocídio” dos Yanomami.

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Crianças Yanomami sofrem com desnutrição e falta de atendimento médico (Reprodução/ Fantástico)

Ela publicou ainda três notas públicas sobre um ataque contra uma Estação Ecológica do ICMBio, a morte de duas crianças por uma draga de garimpo, e a situação da aldeia de Aracaçá. 

Nesses documentos, as lideranças comentam as atrocidades que enfrentam quase diariamente. Garimpeiros passam pelos rios ameaçando e atirando contra os Yanomami. Duas crianças morreram puxadas por uma draga da mineração. Povos isolados foram atacados por garimpeiros.

Postos de saúde fecharam, por conta dos intensos conflitos, e as pistas de pouso viraram área de transporte de ouro e garimpeiros ilegais. Sem os médicos e com a proximidade dos garimpeiros, a malária cresceu entre os Yanomami.

Leia a matéria completa: GOVERNO BOLSONARO IGNOROU 21 OFÍCIOS COM PEDIDOS DE AJUDA DOS YANOMAMI

(*) Com informações do The Intercept

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