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Títulos Verdes são alternativas de ganhos com responsabilidade ambiental
Felipe Diniz, adido Econômico e Comercial do Ministério da Economia de Luxemburgo (Tinhu Gomes)
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29 de julho de 2021
Cassandra Castro – Da Cenarium
BRASÍLIA (DF) – Um País pequeno, situado entre a Bélgica, Alemanha e França, Luxemburgo é vanguarda no que se convencionou chamar de Finanças Verdes. O pioneirismo do Grão-Ducado de Luxemburgo veio atrelado à necessidade de diversificar a economia da nação que tem recursos naturais limitados, mas compensa esta realidade investindo em planejamento e visão de futuro, como destaca o adido Econômico e Comercial do Ministério da Economia do Luxemburgo, Felipe Diniz.
“O governo do Luxemburgo começou a investir no mercado financeiro na década de 70 já pensando no futuro e se consolidando como um dos principais centros financeiros internacionais”, disse. Como um dos fundadores da União Europeia, Luxemburgo segue parâmetros muito fortes e definidos sobre o não sigilo bancário, luta contra o terrorismo e contra a lavagem de dinheiro.
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Também se caracteriza por ser um País de economia aberta, liberal. Tamanha solidez conquistada por meio de um cuidado extremo com a reputação, a confiança e uma jurisdição feita exatamente para proteger o investidor e o investido tornam Luxemburgo um centro de finanças transfronteiriço. Felipe Diniz explica que na década de 1990 quando o tema sustentabilidade ainda dava os primeiros passos no mundo inteiro, Luxemburgo já discutia e planejava formas de criar mecanismos que ajudassem os diversos atores ligados à questão ambiental a conseguirem recursos para investir em soluções para os desafios que surgiam na esfera ambiental. Foi assim que o País criou a primeira bolsa verde do mundo.
“Os Títulos Verdes servem para capitalizar projetos que têm em sua espinha dorsal características ecológicas sustentáveis. Não são uma coisa para ser apenas uma questão de responsabilidade social, dá para fazer dinheiro com eles, existe uma consciência que está aumentando nesse sentido”, enfatiza o adido econômico.
Na opinião de Diniz, o Brasil é um País com um grande potencial para receber investimentos em projetos que evitem catástrofes ambientais e Luxemburgo vem com a intenção de motivar, ser a ferramenta de solução para a proteção das riquezas naturais, transformar a sustentabilidade em um ativo financeiro. Para isso, basta que os interessados, ONGs, instituições públicas, privadas provem que o projeto tem uma espinha dorsal de sustentabilidade para que o País europeu dê o suporte completo para ajudar no lançamento do Título Verde.
“No momento atual que o mundo vive, o dinheiro não está girando e as finanças verdes podem ser uma alternativa para se capitalizar, sem deixar de lado a responsabilidade pelo mundo que vamos deixar para os nossos netos”, finaliza.
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