Tratamento de lesões causadas pelo HPV deve ser feito com apoio profissional, diz especialista


13 de abril de 2023
Tratamento de lesões causadas pelo HPV deve ser feito com apoio profissional, diz especialista
Presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Giuseppe Figliuolo, destaca que o diagnóstico precoce e o tratamento de lesões provocadas pelo vírus andam lado a lado (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

MANAUS – O tratamento de lesões provocadas pelo HPV (Papilomavírus Humano) é feito a partir de etapas, que vão desde o diagnóstico precoce, até a realização de cauterização, cirurgia ou aplicação de terapia medicamentosa. O cirurgião uro-oncologista da Urocentro Manaus, presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Giuseppe Figliuolo destaca que o diagnóstico precoce e o tratamento de lesões provocadas pelo vírus andam lado a lado Figliuolo, explica que, como o vírus é transmitido, geralmente, por contato sexual, as primeiras manifestações, na região genital, ocorrem por meio de verrugas que podem evoluir para alterações mais graves se não tratadas a tempo, levando, inclusive, ao câncer, no caso dos subtipos considerados oncogênicos.

Considerado um dos principais fatores de risco para os cânceres de colo uterino e de pênis, e fator que pode estar relacionado a outros tipos da doença, como os cânceres de boca, língua, ânus e garganta, o HPV pode ser prevenido com medidas como o uso de preservativo durante as relações sexuais e com a vacina, hoje, ofertada gratuitamente na rede pública de saúde para meninos e meninas em idade escolar.

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“Existem mais de 200 tipos de HPV já identificados pela ciência. Desses, cerca de 40 podem causar infecções no trato ano-genital e pelo menos 12 tipos de HPV são considerados oncogênicos. Nesse caso, apresentam alto risco de provocar infecções persistentes ou de estar associados a lesões precursoras das neoplasias malignas, a exemplo dos cânceres de pênis e de colo uterino”, destacou o especialista.

Presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Figliuolo destaca que o diagnóstico precoce e o tratamento de lesões provocadas pelo vírus andam lado a lado. O diagnóstico é feito a partir de avaliação clínica. Mas, o tipo de HPV que provocou a lesão, depende do exame histopatológico, feito a partir da análise de tecido extraído via biópsia. O procedimento é simples e rápido.

“A retirada da verruga (tecido) para a análise patológica pode ser feita em nível ambulatorial, com a utilização de anestesia local. A partir daí, inicia-se o tratamento com pomadas e drogas indicadas pelo profissional médico, ou, cauterização, em casos mais simples e com indicação”, frisou.

“No caso de detecção de câncer, após a análise da biópsia, serão definidos os tratamentos de combate à neoplasia maligna. A terapia indicada dependerá do tipo de HPV, extensão da lesão (estadiamento), condição clínica do paciente, idade, entre outros. Ela poderá incluir cirurgia, quimioterapia e até radioterapia. Cada caso é um caso”, ressalta Figliuolo.

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O cirurgião, que é doutor em saúde pública e tem cerca de 20 anos de experiência na área oncológica, atua em pesquisas que avaliam o perfil dos pacientes com câncer de pênis na região amazônica. Ele afirma que, quanto mais cedo a lesão for descoberta, menos invasivo e desgastante será o tratamento.

“Vale lembrar que a vergonha e o preconceito têm levado muitas pessoas, em especial, os homens, a não procurarem ajuda médica quando há uma lesão considerada sugestiva de Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Muitos preferem esconder ou se automedicar, o que não é correto e pode piorar o quadro clínico. Uma opinião profissional, com prescrição adequada, pode levar à cura e à retomada das vidas social e sexual plenas. Por isso, é importante deixar o medo de lado e ser racional. A saúde deve estar sempre em primeiro lugar”, concluiu Giuseppe Figliuolo.

(*) Com informações da assessoria

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