Troca de tiros em morro do RJ termina em morte de policial do Bope; veja vídeos

Momento em que o policial assassinado é retirado pelos companheiros (Reprodução/Redes Sociais)
Carol Veras – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – Um conflito entre policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e criminosos, iniciado nesta terça-feira, 11, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de um oficial ainda não identificado e um número não confirmado de policiais feridos. As tensões teriam sido motivadas pela descoberta de uma emboscada organizada pela equipe de policiamento.

De acordo com informações da Rede de Observatórios da Segurança, a armadilha feita no local é conhecida como “troia” e consiste numa prática das polícias do Rio de Janeiro nas quais agentes invadem casas ou áreas das comunidades e permanecem escondidos. Quando criminosos passam, os militares abrem fogo em emboscadas e atos de execução.

Nas redes sociais, internautas compartilham o vídeo onde o policial militar atingido por uma granada é retirado por outros colegas de farda.

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Um ônibus foi incendiado na Avenida Brasil e regiões próximas à Linha Vermelha e à Linha Amarela permanecem interditadas por serem áreas de conflito. Em outras imagens é possível ver helicópteros sobrevoando a capital e muita fumaça causada pelo incêndio no transporte público em uma das avenidas mais movimentadas do Rio de Janeiro.

Bloqueio na pista causado por incêndio em ônibus (Reprodução/Redes Sociais)
Vídeo do helicóptero “caveirão” sobrevoando o complexo da maré (Reprodução/Redes Sociais)
Vítimas da emboscada

A designer de interiores e mulher negra Kathlen Romeu foi vítima de uma destas práticas de “troia” da polícia em 2021. A vítima estava grávida de três meses e foi morta com um tiro no peito, disparado por um policial militar, que alegou estar se defendendo de ataques.

Há três anos, a família busca por justiça, mas até o momento, todos os envolvidos na morte de Kathlen Romeu e seu bebê permanecem impunes. Os policiais Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano foram denunciados por homicídio.

Os outros três PMs, o capitão Jeanderson Corrêa Sodré, que liderava o grupo, o 3º sargento Rafael Chaves de Oliveira e o cabo Cláudio da Silva Scanfela são acusados de adulterar a cena do crime para simular um confronto. No dia 20 de maio deste ano, ocorreu uma audiência de instrução e julgamento dos acusados no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foram ouvidos oito policiais militares como testemunhas.

Kathlen Romeu, morta em 2021 (Reprodução/Redes Sociais)
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