Valor fixo do ICMS dos combustíveis é aprovado, mas Bolsonaro quer vender Petrobras


15 de outubro de 2021
Valor fixo do ICMS dos combustíveis é aprovado, mas Bolsonaro quer vender Petrobras
Bolsonaro, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. (Divulgação)

Via Brasília – Da Cenarium

Plano B

A fala de Jair Bolsonaro sobre privatização da Petrobras é um Plano B do presidente para tentar descolar o desgaste político que vem sofrendo com os aumentos sucessivos dos combustíveis. Com a aprovação do projeto que altera o ICMS no setor, bem como a previsão de que o texto deve andar no Senado, Bolsonaro ficará sem o seu bode expiatório, que é colar o problema da alta dos preços nos governadores. Isso porque os reajustes têm tudo para continuar com o cenário internacional desfavorável ao Brasil.

Culpa

O próprio Bolsonaro disse, em entrevista a uma rádio de Brasília, que não pode “melhor direcionar os preços” e que, mesmo assim, a culpa dos aumentos recai sobre ele. Ou seja, sem poder interferir na estatal e nos preços e, mais tarde, provavelmente sem o discurso contra os governadores, o presidente prefere privatizar a empresa para transferir o problema à iniciativa privada, bem ao estilo Bolsonaro. Porém, as chances de se concluir um processo desses um ano antes da eleição são baixíssimas, avaliam lideranças políticas.

Vitória de Lira

Há que se reconhecer. Numa semana curta e morna, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) teve uma importante vitória ao conseguir emplacar a aprovação do PLP 11/20, que fixa os valores do ICMS dos combustíveis. A estratégia de Lira deu certo após ele chamar a oposição para conversar e convencê-los de que o texto contemplava bandeiras históricas do bloco. A oposição sustentou que era contra o projeto, mas que votou a favor por considerar que a medida teria efeito prático, mas mínimo, sobre a bomba.

Celeridade

Lira disse acreditar que o Senado vai ter sensibilidade para discutir o tema até com mais profundidade. De fato, a Casa deve ir além da regulamentação da cobrança do ICMS sobre o preço dos combustíveis. Seu presidente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) deixou claro que há vários fatores que influenciam a alta dos preços e chegou a falar que a Petrobras tem um papel social a cumprir. O presidente do Senado não entrou em detalhes e disse apenas que vai dar celeridade ao projeto.

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