Wilson Lima diz que só tem dinheiro para pagar salários até abril


11 de abril de 2020
Wilson Lima diz que só tem dinheiro para pagar salários até abril
Uma perda de arrecadação de 25% até o fim do ano foi estimada no caso do estado não receber ajuda. Foto: Diego Peres / Secom

Nícolas Marreco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o governador Wilson Lima (PSC) declarou na noite de sexta-feira, 10, que não há recursos públicos para o pagamento da folha dos servidores do Estado referente a abril. Além disso, afirmou que “estamos pertinho de colapsar” o sistema público de saúde, destacando que o hospital Delphina Aziz, referência para a entrada de pacientes com Covid-19, esgotou sua capacidade.

“Hoje, eu tenho dinheiro até abril, não sei como será maio. Estou fazendo uma ginástica para garantir o pagamento dos servidores, é a minha prioridade. Mas preciso de ajuda para garantir o pagamento de salários. Temos que ter pressa, era algo para ter sido resolvido ontem”, admitiu.

O governador também estimou perda de 25% da receita dos cofres públicos até o fim do ano, em caso de não ter uma intervenção direta do governo federal. “Estou tentando encontrar caminhos […] e manter o mínimo de serviços funcionando para que a saúde e segurança pública continuem. Preciso ter garantia de receber o FPE (Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal) do ano passado, para que a gente dê incentivo ao empresariado e não quebre ou demita o mínimo”, continuou.

Sobre a crise na saúde, segundo ele, a maior dificuldade é a falta de novos respiradouros. Na próxima segunda (13) há previsão de chegada de 30 itens do tipo via Ministério da Saúde. Wilson disse que também comprou outros 180 respiradouros, e está “catando” em São Paulo, Santa Catarina e nos Estados Unidos. “Estamos em tratativas com o MS para a chegada de mais 150 respiradouros. Também deve chegar mais 33 nos próximos dias”, revelou.

Enquanto o hospital universitário Nilton Lins não é entregue, com previsão de 400 novos leitos para os pacientes, há carência extrema de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Conforme Wilson, entretanto, nenhum paciente ficou sem atendimento até o momento. No Delphina, Wilson afirmou ter cinco leitos disponíveis, embora sejam “de retaguarda e não estavam funcionando por conta da falta de profissionais”.

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