ZFM sob ataque: setor de bebidas critica fim de incentivo a fabricantes

A entidade que representa as multinacionais criticou a medida e a dos fabricantes nacionais elogiou a decisão do Executivo (Reprodução)
Com informações do Estadão

BRASÍLIA – A decisão do governo de cortar o incentivo tributário de fabricantes de concentrados de refrigerantes instalados na Zona Franca de Manaus (ZFM) reforçou a divisão entre as associações de empresas do setor. Entidade que representa as multinacionais criticou a medida e a dos fabricantes nacionais elogiou a decisão do Executivo. 

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) afirmou que a medida do governo sinaliza falta de previsibilidade e insegurança jurídica em um momento no qual o Brasil precisa resgatar credibilidade e atrair investidores.

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A Abir, que representa a Ambev e a Coca-Cola, afirmou que a decisão do governo prejudica não só o Estado do Amazonas e sim todo o País (Foto: Tasso Marcelo/Estadão e Regis Duvignau/Reuters)

A entidade, que representa a Ambev e a Coca-Cola, ainda informou que foi surpreendida com a decisão do governo e que não tem se furtado de dialogar na busca de soluções para preservar o modelo de desenvolvimento regional.

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“O ataque infundado à ZFM e, em especial e discriminatório, à indústria de não alcoólico, prejudica não só o Estado do Amazonas, mas sim todo o País. Perde a Amazônia, perde o Brasil”, afirmou a Abir.

A Associação de Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afebras), por outro lado, comemorou a decisão do governo. Em nota, o presidente da entidade, Fernando Rodrigues de Bairros, afirmou que o incentivo tributário beneficiava somente grandes multinacionais do setor de bebidas.

“O decreto começa a trazer justiça tributária ao setor de bebidas. A partir de agora, as indústrias nacionais podem concorrer, em pé de igualdade, com as multinacionais como Coca-Cola e Ambev, em relação aos impostos federais”, afirmou. 

O decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro altera as Tabelas de Incidência sobre Produtos Industrializados (TIPI) para processos de bebidas não alcoólicas. A medida atinge o Polo de Concentrados da Zona Franca de Manaus em cheio. O novo decreto, que é mais um ataque do governo federal à ZFM, causou a imediata reação de parlamentares do Amazonas e do governador do Estado, Wilson Lima (União Brasil).

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