Covid-19: uso de máscaras reduz outras doenças respiratórias, diz Fiocruz

Uso de máscara protege tanto quem foi vacinado como quem ainda não se imunizou (Reprodução/ Internet)

Luciana Bezerra — Da Revista Cenarium*

MANAUS —  As medidas de distanciamento social, novos hábitos de higiene e o uso de máscaras contra a propagação do novo Coronavírus surtiram efeitos positivos no controle de outras doenças respiratórias durante o período de pandemia. De acordo com especialistas na área de infectologia, os vírus respiratórios causadores de resfriados que acarretam pneumonias letais, comuns no Brasil até o ano passado, praticamente desapareceram em 2020.

O vice-chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, Fernando do Couto Motta, afirmou recentemente que os casos de Influenza, Coronavírus brandos (HKU1, 229E, NL63, OC43), vírus sincicial respiratório, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e outros causadores de infecção respiratória, até 2019 muito comuns, despencaram em 2020 no País.

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“Nunca vimos isso ocorrer desde que foi estabelecida a rede nacional de vigilância de Influenza, em 1999. Todo ano a gripe mata em torno de duas mil pessoas no País. Este ano isso certamente não vai acontecer”, disse Motta à reportagem publicada no jornal Extra.

No Amazonas, segundo dados da Fundação em Vigilância e Saúde (FVS-Am), em relação aos vírus Influenza A (H1N1) pmd09 e B, os mesmo circulam conforme a sazonalidade das doenças respiratórias, que vão de novembro a julho, todos os anos.

Em 2019, ainda conforme dados da FVS-Am, a Influenza A (H1N1) pdm09, foi predominante com registro de 126 casos de SRAG com apenas 6 casos de Influenza B. Em 2020 houve apenas nove registros de casos de Influenza A (H1N1) pdm09 e seis casos de Influenza B em todo o estado.

Dados do Brasil

Dados do InfoGripe/Fiocruz mostram que, até setembro, o Sars-CoV-2 foi a causa de cerca de 99,2% das mortes e 97,4% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil. A influenza, que até 2019 matava cerca de 6 mil pessoas por ano no Brasil, em 2020 atingiu até agora 1.672 (somadas influenza A e B).

(*) Com informação do Jornal Extra

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