A nova política de preço do combustível é boa para o Brasil, garante Prates

A nova estratégia comercial da Petrobras é uma grande vitória (Fabio Rodrigues/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium*

MANAUS (AM) – O presidente da Petrobras Jean Paul Prates afirmou nesta quarta-feira,19, que a política de preços da companhia, que ele chama de “nova estratégia comercial”, começou a se mostrar factível, não inspira temores, não é interventiva e, por isso, prova que é boa para o Brasil.

Segundo Prates, a nova estratégia atende, não a um pedido direto, mas ao processo de construção política da campanha em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu: “a genial frase ‘abrasileirar’ os preços”.

Em encontro com jornalistas no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras, na Ilha do Fundão, Z|ona Norte do Rio, Jean Prates explicou sobre a estratégia.

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“Abrasileirar os preços é considerar parâmetros do Brasil na formação dos preços. Da nossa parte, esses parâmetros brasileiros são a própria Petrobras, que produz aqui, entrega aqui e tem vantagens aqui. Não fazia sentido a gente se igualar a quem importa de qualquer lugar, o que não quer dizer que o mercado não é competitivo, tanto é que, hoje, a gente compete com qualquer refinaria do mundo. E qualquer refinaria do mundo tem direito de trazer produto para dentro do Brasil para vender para qualquer pessoa daqui”, disse.

De acordo com o economista, a nova estratégia comercial é uma grande vitória porque a empresa conseguiu explicar de forma correta e dar transparência ao processo.

“Alguns disseram que teria que dizer exatamente como se forma o preço. Nenhum preço, do cotonete, do leite condensado, da alface, tem essa dita transparência. Não é transparência. É um detalhamento da formação do preço. Nós temos transparência, porque se sabe, e qualquer entidade de controle pode identificar isso, como é formado o nosso preço para chegar a cada produto final da ponta de entrega”, completou.

Presidente da Petrobras em conversa com jornalistas no Cenpes (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Conquista

Na avaliação do presidente da Petrobras, a política de preço de paridade de importação, chamada de PPI, não refletia nem para a companhia, nem para o Brasil, o preço mais apropriado. E vários aspectos precisam ser considerados, como os tipos de refinarias e logística de entrega dos produtos em mercados diferentes.


“É uma vitória a gente ter conseguido abrasileirar os preços e a nossa contribuição para isso, porque somos uma produtora nacional. Fizemos com isso uma estabilização dessa volatilidade. Estamos, neste momento, vivendo uma volatilidade para cima e para baixo. Na semana passada, teve uma tendência altista e, nesta semana, já tivemos uma tendência de baixa de novo, então, se vê que a política faz sentido. Evitamos passar por essa turbulência desnecessariamente e não perdemos dinheiro”, concluiu.


Ainda para ele, existe uma diferença entre a política de combustíveis nacional e a estratégia comercial da Petrobras, que é uma das empresas que participa do mercado.

“A gente não faz política de preços para o Brasil, a gente faz estratégia comercial para os nossos produtos nas nossas refinarias, então, são os nossos preços.”

(*) Com informações da Agência Brasil
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