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Açaí é o alimento que impulsiona alta de produção extrativista vegetal no Amazonas
No ano passado, foram produzidas 45.208 toneladas de açaí, no Amazonas, que resultou em R$ 94,9 milhões de valor de produção (Reprodução/Internet)
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29 de setembro de 2022
Karol Rocha – Da Revista Cenarium
MANAUS – O valor da produção de extração vegetal, no Amazonas, cresceu 9,8% em 2021 e o açaí é o principal produto alimentício que impulsionou esta alta. No ano anterior, em 2020, o Estado produziu R$ 284,7 milhões, enquanto no ano passado, totalizou R$ 300,8 milhões em valor de produção. Os dados são da pesquisa sobre Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), referente a 2021, e divulgada nesta quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos grupos de produtos que compõem a exploração extrativista, os alimentícios foram os que mais influenciaram na alta do valor de produção do Estado, partindo de R$ 113,3 milhões, em 2020, para R$ 139,9 milhões, em 2021. No grupo dos alimentícios, o açaí é o que registra a maior participação, em termos de valor de produção, apresentando R$ 94,9 milhões, nesse grupo.
“Os produtos vegetais do grupo alimentício ocupam a segunda posição de maior destaque em termos de valor de produção. A madeira em tora é o produto com maior destaque. O açaí é o segundo produto mais valorizado, seguido pela castanha-do-pará, em importância econômica”, avaliou o disseminador de Informações do IBGE, no Amazonas, Adjalma Nogueira.
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No ano passado, foram produzidas 45.208 toneladas de açaí, no Amazonas, que resultou em R$ 94,9 milhões de valor de produção. A quantidade correspondente a 31,5% do valor total produzido na extração vegetal do Amazonas. Enquanto a produção de açaí, em 2021, foi 3,3% maior que a do ano anterior, o valor de produção cresceu 27,3% no período.
Quanto à castanha-do-pará, 11.737 toneladas foram produzidas em 2021 e soma o valor de produção de R$ 38,5 milhões no ano. A produção de castanha-do-pará se manteve estável, em 2021, frente a 2020, mas o valor de produção do produto cresceu 10,8%. Em comparação com outras Unidades Federativas (UF), o Amazonas aparece como a 6ª unidade federativa com maior valor de produção de extração vegetal.
Açaí em destaque
O Amazonas aparece como o segundo maior produtor de açaí, com 45.208 toneladas produzidas e valor de produção de R$ 94,9 milhões. A maior produção extrativista de açaí entre as Unidades da Federação é a do Pará, com 154.433 toneladas, e valor de produção de R$ 617,3 milhões. O total produzido pelo Pará equivale a 68,0% da produção nacional.
Em 2021, o Amazonas produziu 45,2 mil toneladas de açaí na extração vegetal e adicionou valor de produção de R$ 94,9 milhões. Atualmente, o Estado fica em segundo lugar no ranking das unidades da federação, logo atrás do Pará. Os municípios com maior produção de açaí (fruto) foram Codajás, com 12 mil toneladas, seguido por Humaitá, com 4,7 mil toneladas e Lábrea, com 4,6 mil toneladas.
Como um fruto de maior impulsionamento para a economia local, ele é bastante consumido pelos amazonenses. De acordo com a nutricionista Ana Margarida, o fruto é rico em antioxidantes e pode ser consumido de várias formas, como em lanches, seja da manhã ou da tarde, e junto a uma refeição, por exemplo.
“Ele tem bastante gorduras boas, ferro e vitaminas do complexo B e C. A cada 100 gramas do açaí tem 60 calorias, então, ele não é tão calórico assim. Ele pode auxiliar na redução de colesterol, ele dá energia, sendo um excelente pré-treino, e por ser rico em antioxidante, ele melhora o aspecto da pele e a saúde nutricional como um todo”, afirmou ela.
Castanha-do-Pará
Em 2021, 35,1% da produção nacional de castanha-do-pará foi proveniente do Amazonas. Ao todo, foram produzidas 11.737 toneladas do fruto, somando R$ 38,5 milhões em valor de produção. O Estado foi a Unidade da Federação com a maior quantidade produzida do produto e com isso, está na liderança nacional de produção.
Humaitá lidera a produção nacional de castanha-do-pará, com 4,5 mil toneladas, Boca do Acre, com 895 toneladas, e Codajás, com 730 toneladas, que são, respectivamente, o segundo e terceiro municípios com maiores quantidades produzidas.
Sobre a pesquisa
A PEVS 2021 traz informações sobre área, quantidade produzida e valor da produção a partir da exploração de florestas plantadas (silvicultura) e dos recursos vegetais naturais (extrativismo vegetal).
O extrativismo vegetal contempla 37 itens com destaque para os produtos madeireiros, alimentícios, ceras e oleaginosos. Na silvicultura, são investigados sete produtos, incluindo, carvão vegetal, lenha, madeira em tora e resina.
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