Mais de 50 casos da doença de Haff são registrados no AM, neste ano

A FVS-RCP destaca que toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e do interior, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de rabdomiólise (Ipaam/Divulgação)
Karol Rocha – Da Revista Cenarium

MANAUS – De janeiro a setembro deste ano, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) confirmou 54 casos da doença de Haff, mais conhecida como doença da Urina Preta, no Estado. Os dados são do informe epidemiológico do cenário de rabdomiólise publicado nesta quinta-feira, 8, no Amazonas. Ao todo, 57 casos foram notificados.

Grande parte das confirmações da doença são de moradores de Itacoatiara, seguida pela capital amazonense. Dos confirmados, 28 pessoas são homens e 26 são mulheres. 41% dos casos registrados estão entre a faixa etária de 40 a 59 anos, e dentre os cinco principais sintomas registrados pelos doentes estavam mialgia intensa, náuseas, fraqueza muscular, dor torácica, além de dormência.

Os 54 casos são de pessoas residentes em: Itacoatiara, 36; Manaus, 7; Manacapuru, 2; Itapiranga, 2; São Sebastião do Uatumã, 2; Parintins, 1; Borba, 1; Tabatinga, 1; Urucurituba, 1 e Careiro da Várzea, 1. Os outros dois casos, conforme a FVS-RCP, compatíveis com a doença estão internados, sendo um em Manaus e um em Itacoatiara. Nesse período, três casos foram destacados no Estado.

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O mês passado apresentou os maiores dados para a doença se comparado a outros meses. Neste informe, não foi comunicado as causas para rabdomiólise no Amazonas.

Veja o informe epidemiológico:

Surto de rabdomiólise

No ano passado, o Amazonas viveu um surto de rabdomiólise no mês de agosto. Para se ter ideia, até o dia 21 de dezembro de 2021, foram notificados 132 casos da doença. Naquele período, os peixes consumidos pelos casos compatíveis com a doença eram: tambaqui, pacu e pirapitinga.

A FVS-RCP destaca que toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e do interior, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de rabdomiólise.

A doença é uma síndrome que pode ocorrer em função de agravos diversos, como traumatismos, atividades físicas excessivas e infecções, ou ainda devido ao consumo de álcool e outras drogas.

Quando associada ao consumo de peixes com toxinas, a síndrome é denominada doença de Haff. Os sinais e sintomas mais frequentes, entre os casos compatíveis são: mialgia, mal-estar, náuseas, fraqueza muscular, dor abdominal, vômito e urina escura.

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