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Aluno que causou morte de professora em SP tinha histórico de violência, diz secretário
Secretário de Segurança Pública de São Paulo confirmou que o autor dos ataques foi transferido de escola porque tinha histórico de violência (Rubens Cavallari/Folhapress)
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27 de março de 2023
Da Revista Cenarium*
SÃO PAULO – Em um Boletim de Ocorrência (B.O) registrado no dia 28 de fevereiro, ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso, o jovem de 13 anos, responsável pelo ataque em uma escola de São Paulo nesta segunda, 27, é descrito como uma pessoa de perfil agressivo. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, capitão Guilherme Derrite, confirmou que o autor dos ataques foi transferido de outra escola porque tinha histórico de violência.
No atentado à Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste, o adolescente matou a facadas a professora Elizabeth Tenreiro, 71, e feriu outras cinco pessoas. Ele foi apreendido pela polícia.
O boletim de ocorrência de fevereiro foi registrado por uma funcionária da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra (Grande SP), de onde o adolescente foi transferido, há poucos dias, em março. No B.O, o jovem é descrito como alguém que vinha apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, “postando vídeos comprometedores; por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos”.
“O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos, por WhatsApp, e alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, diz trecho do documento.
Por fim, o B.O afirma que os responsáveis pelo adolescente foram convocados à escola José Roberto Pacheco e orientados pela direção de que providências seriam tomadas.
A Secretaria de Educação do Estado não informou se havia algum tipo de acompanhamento especial para o jovem, após a transferência de outra instituição e após demonstrar comportamento de violência. Ele estava no 8° ano do ensino fundamental.
A secretaria confirmou que o estudante havia se envolvido em uma briga com um colega, na sexta-feira, 24. A diretora da escola tinha conhecimento do desentendimento e iria conversar com os envolvidos na manhã desta segunda, ainda segundo a pasta.
Na ocasião, segundo relato de um aluno da escola Thomázia Montoro, o episódio de violência verbal ocorreu quando o jovem proferiu xingamentos racistas a outro colega, como “macaco” e “ratinho”.
A briga da última sexta, no entanto, ainda não havia sido registrada no Placon (Plataforma Conviva), sistema em que devem ser notificadas as ocorrências escolares. De acordo com a secretaria, as escolas têm um prazo de sete dias para registrar os casos de conflito.
Depoimentos
O delegado Marcus Vinicius Reis, do 34° DP (Vila Sônia), onde o caso é investigado, disse que uma arma de air soft e outra máscara foram apreendidas na casa do agressor. Até as 15h40 desta segunda, 33 pessoas já haviam prestado depoimento à polícia.
Às 16h, o autor do ataque seguia na delegacia. Segundo Reis, o adolescente deve ser encaminhado à Vara de Infância e Juventude e, na sequência, deve seguir para internação na Fundação Casa.
A polícia ainda investiga se o adolescente teve ajuda de algum adulto.
“A gente não pode esquecer que nós estamos lidando com um menor [de idade], com vítimas menores,” disse o delegado.
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