Amazonas confirma mais 6 casos de Monkeypox; Dados da FVS apontam 493 notificações

Manchas causadas pela Monkeypox (Reprodução/iStock)
Da redação

MANAUS – O Amazonas confirmou mais 6 casos de Monkeypox nesta terça-feira, 25, pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). No mais recente informe epidemiológico, o atual cenário no Estado é de 493 notificações, 202 confirmados, 240 descartados, 51 suspeitos e nenhum registro de óbito pela doença.

A Monkeypox ou varíola símia é uma doença causada pelo Monkeypox Vírus (MPXV), pertencente ao
gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, sendo endêmica nas regiões da África Ocidental e Oriental. Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animal, ou humano infectado, aponta o documento de Situação Epidemiológica da Monkeypox no Estado do Amazonas, SE 26 a SE 39/2022.

Homem mostra erupções cutâneas causadas pela Monkeypox (Reprodução/Getty Images)

Atendimento

A FVS-RCP destaca que toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas, da capital e interior, está orientada para realizar atendimento de casos suspeitos de Monkeypox.

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Sintomas

  • Erupção cutânea ou lesões de pele;
  • Adenomegalia/Linfonodos inchados (ínguas);
  • Febre;
  • Dores no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrio;
  • Fraqueza.

Definição de caso

O Ministério da Saúde elaborou protocolos para tornar os diagnósticos e a definição de casos mais precisos:

  • Caso suspeito: pessoa de qualquer idade que apresenta início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção na pele aguda profunda e bem circunscrita de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo; e/ou dor proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento) e/ou edema peniano, podendo estar associada a outros sintomas.
  • Caso provável: caso que atende à definição de caso suspeito, que apresente um ou mais critérios (Plano de Contingência – página 8), com investigação laboratorial de varíola dos macacos não realizada ou inconclusiva, e que o diagnóstico da doença não pode ser descartado apenas pela confirmação clínico-laboratorial de outro diagnóstico.
  • Caso confirmado: caso suspeito com resultado laboratorial “positivo/detectável” para varíola dos macacos por diagnóstico molecular (PCR em tempo real e/sequenciamento).
  • Caso descartado: caso suspeito com resultado laboratorial “negativo/não detectável” para varíola dos macacos por diagnóstico molecular (PCR em tempo real e/sequenciamento).

O diagnóstico da varíola dos macacos é feito de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste para diagnóstico laboratorial é realizado em todos os pacientes com suspeita da doença. A amostra a ser analisada será coletada, preferencialmente, da secreção das lesões.

Orientações de prevenção para a população

  • Evitar contato íntimo ou parcerias sexuais desconhecidas, assim como evitar parcerias múltiplas;
  • Buscar um serviço de saúde nos casos de aparecimento de lesões (bolhas) ou feridas;
  • No caso do aparecimento de lesões características de Monkeypox, ou diagnóstico confirmado, comunicar às suas parcerias sexuais dos últimos 21 dias, para realização de autoexame;
  • Em casos suspeitos, ficar em isolamento até resultado laboratorial;
  • Em casos confirmados, manter isolamento até total cicatrização da lesão, evitando contato com outros indivíduos e, caso o contato seja necessário, cobrir as lesões utilizando roupas compridas e higienizar as mãos com frequência;
  • Medidas adicionais devem ser mantidas em casos suspeitos e confirmados, como a higiene das mãos com frequência, não compartilhamento de alimentos, talheres, roupas, roupas de cama, toalhas, e outros objetos, os quais também devem ser manipulados com cuidado, sem contato direto com as mãos e com o corpo.
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