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Amazonas tem fiscalização contra trabalho escravo e tráfico de pessoas
Agentes participam da operação. (Divulgação)
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11 de setembro de 2023
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium Amazônia*
MANAUS – A Polícia Federal (PF) no Amazonas, o Ministério Público do Trabalho e Emprego (MPTE) e outros órgãos identificaram no Estado irregularidades trabalhistas durante uma operação nacional contra o trabalho escravo e tráfico de pessoas, realizada durante todo o mês de agosto. Em todo o País, a “Resgate III” resgatou 532 trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão, em 15 Estados.
No Amazonas, foram dois os alvos da operação: um balneário e um parque de diversões, de nomes não informados pela PF. Também não foram constatados crimes nos locais, apenas irregularidades trabalhistas. Participaram da operação, ainda, o Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Essa é considerada a maior ação conjunta de combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas no Brasil e é resultado do esforço de seis instituições. Ao todo, foram 222 inspeções em 22 Estados e no Distrito Federal.
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Resgate
O Estado com mais pessoas resgatadas foi Minas Gerais (204), seguido de Goiás (126), São Paulo (54), Piauí (42) e Maranhão (42). Segundo a Polícia Federal, houve, também, resgates no Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.
Quanto às atividades econômicas com maior número de resgatados estão: cultivo de café (98), cultivo de alho (97) e cultivo de batata e cebola (84). Na área urbana, destacaram-se os resgates em restaurantes (17), oficinas de costura (13) e construção civil (10), além de trabalho doméstico.
Resgatados
Entre os resgatados de trabalhadores domésticos, estava um idosa de 90 anos que trabalhou por 16 anos sem carteira assinada na residência de uma empregadora de 101 anos no Rio de Janeiro. A vítima é a pessoa mais idosa já resgatada de trabalho escravo no Brasil.
As equipes flagraram, ainda, 26 crianças e adolescentes submetidos a trabalho infantil, das quais seis também estavam sob condições semelhantes à escravidão. Ao menos 74 do total de resgatados na Operação Resgate III também foram vítimas de tráfico de pessoas.
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