Amazônia Legal acumula taxa de desemprego média de 15,2% em novembro

(Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)

Carolina Givoni – Da Revista Cenarium

MANAUS –  Um levantamento feito pela REVISTA CENARIUM aponta que os nove estados da Amazônia Legal acumulam juntos 15,2% na taxa de desemprego. Os dados são superiores à média nacional de 14,2% atingida na pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) nesta quarta-feira, 23.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), voltada a análises da economia com a pandemia de Covid-19, o Maranhão lidera o ranking nacional com 21,7% de desocupação, com um crescimento de 104% dos desempregados durante o período de maio a outubro deste ano. No total, 258 mil maranhenses perderam o emprego durante esse período.

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Lista de Estados da Amazônia e as respectivas taxas de desocupação. (Revista Cenarium/Samuel KNF)

Amapá que recentemente enfrentou 22 dias de apagão figura na segunda colocação com 20,9% de desempregados, apresentado também a maior proporção (6,9%) de pessoas ocupadas afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social. Fechando a lista dos três primeiros, em novembro, o Amazonas se manteve com índice de 18,8%, a quinta maior taxa do país. No total, 314 mil pessoas estavam sem emprego no Estado.

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Isolamento geográfico

Para vice-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Denise Kassama, os Estados citados além da falta de alternativas locais que agravam o desemprego e migração para informalidade, têm em comum o isolamento geográfico que corrobora para uma reocupação mais lenta.

“Além de geograficamente isolados, a indústria apresenta baixa atividade econômica, por isso toda sua cadeia de fornecedores é impactada. É fato que a indústria cresceu em relação aos meses anteriores. Entretanto, seu desempenho continua abaixo do ano de 2019, que já era um ano de crise econômica”, detalha.

Taxa de de ocupação de todos os Estados brasileiros, cinco dos nove Estados da Amazônia Legal superam os 14,2% do desemprego nacional. (Revista Cenarium/Samuel KNF)

Estabilização

O chefe do IBGE no Amazonas, José Ilcleson Mendes Coelho, aponta que o número de pessoas que não procuraram trabalho em razão da pandemia ou por falta de trabalho na localidade segue uma tendência de queda, saindo de 560 mil, em maio, para 376 mil, em novembro.

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“O número de pessoas que estavam na força de trabalho e as pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar era de 2,30 milhões. O número de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade, continua com tendência de queda, de 560 mil em maio para 376 mil em novembro”, detalhou.

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