Após anúncio pelo WhatsApp, homem é preso com R$ 1 milhão em diamantes no Amazonas

Diamantes apreendidos foram avaliados em, aproximadamente, R$ 1 milhão (Divulgação/PC-AM)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – Rodrigo Ferreira de Queiroz, 47, foi preso pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), na tarde desta terça-feira, 14, com aproximadamente R$ 1 milhão em diamantes, em um estabelecimento comercial no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus. A prisão ocorreu após o suspeito anunciar a venda dos cristais em grupos de WhatsApp.

De acordo com o delegado titular do 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Ericson Tavares, a equipe policial chegou ao homem depois de receber denúncias. No local, os diamantes estavam escondidos em um compartimento secreto, dentro de um móvel.

Diamantes apreendidos são oriundos do garimpo ilegal de Boa Vista (RR) (Divulgação/PC-AM)

“Ele [o suspeito] nos informou que esse diamante veio do Estado de Roraima, da cidade de Tepequém, do garimpo que existe lá, o qual ele é intermediador, e o verdadeiro dono desse garimpo é da capital Boa Vista”, explicou o delegado.

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Ainda de acordo com o titular do 6° DIP, o suspeito informou aos policiais que a atividade garimpeira é um negócio de família. Ao longo do tempo em que comercializou materiais dessa natureza, o homem nunca foi preso ou respondeu por crimes junto à Justiça.

Diamantes em mãos de homem que atua em atividades garimpeiras (Felipe Dana/AP)

Rodrigo Ferreira de Queiroz vai responder pelo crime de usurpação de bens da União, regido pela Lei N° 8.176/1991, o qual é inafiançável. A infração, de acordo com o texto da legislação, acarreta em pena de detenção, entre um a cinco anos, além de multa.

“Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencente à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo”, diz a legislação.

Ainda de acordo com o delegado, os diamantes vão passar por perícia e o homem preso na ação policial vai passar por audiência de custódia.

Garimpo em Roraima

Entre janeiro e agosto deste ano, a Polícia Federal (PF) encaminhou ao Ministério Público Federal (MP) o inquérito com os nomes de 40 pessoas indiciadas por exercer atividades de garimpo em Roraima. A exploração garimpeira em terras indígenas ganhou projeção nacional, após a crise sanitária, no território Yanomami, o maior do País.

O Estado possui duas terras indígenas demarcadas, as quais abrigam, pelo menos, oito etnias nomeadas Terra Indígena Raposa Serra do Sol e Terra Indígena Yanomami.

Leia mais: PF deflagra operação de combate a garimpos clandestinos
Editado por Jefferson Ramos
Revisado por Adriana Gonzaga
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