Após ataques, receio de intervenção violenta põe em xeque Força Nacional em Manaus


07 de junho de 2021
Após ataques, receio de intervenção violenta põe em xeque Força Nacional em Manaus
O reforço policial vai atuar na capital amazonense após série de ataques criminosos (José Cruz/Agência Brasil)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Força Nacional

Não bastassem a cheia recorde e a Covid-19 ainda assombrando, Manaus vive dias de praça de guerra, com facções armadas promovendo uma onda de violência na cidade e sua população novamente forçada a fazer toque de recolher. Chamada a socorrer o Amazonas, só se espera que a Força Nacional não repita a atuação dos dez meses em que ficou no Rio de Janeiro. Sob o comando, à época, do general Braga Neto, hoje ministro da Defesa, a intervenção no Rio teve como saldo um recorde no número de mortes violentas – inclusive de inocentes, sem que narcotraficantes e milicianos tivessem qualquer abalo em seus “negócios”.

Tutela

No Congresso, alguns parlamentares de centro e da oposição já se mobilizam para conseguir votos para uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe militares da ativa de irem para cargos políticos, a menos que entrem para a reserva, como já acontece com os que assumem mandatos eletivos. Com os militares agora tutelados por Jair Bolsonaro, após obedecerem ao comando presidencial de perdão ao general Eduardo Pazuello, o sentimento é de que o “libera geral” entre as Forças Armadas e a política põe em risco a democracia.

PEC

Autora da PEC, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB -AC), líder da oposição, diz que já conta com 110 dos 117 votos necessários para apresentar a PEC. Como as articulações iniciaram neste fim de semana, acredita-se que a proposta tome corpo e ganhe mais apoios. Um deles é do vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM). “É um instrumento para proteger instituições que o Brasil respeita”, disse Ramos acerca da PEC.

Ecos no STF

Vozes descontentes no Supremo Tribunal Federal demonstram que muitos ministros estão profundamente indignados com a não punição do general Eduardo Pazuello pelo comando do Exército. Mas, na Corte, começa a se consolidar o sentimento de que punir ou não é uma questão interna do Exército. Dias após o STF liberar Toffoli da delação de Sérgio Cabral, a Corte se sente “pouco à vontade” de cobrar das Forças Armadas uma punição a seu membro.

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