Arthur Vírgilio e Tasso Jereissati afirmam que CPI da Pandemia terá consequência aos responsáveis

Para eles, a morte de quase meio milhão de brasileiros não pode e nem deve passar impune e que, além dos resultados das apurações feitas na CPI, as medidas legais devem ser adotadas de imediato (Assessoria)
Com informações da assessoria

MANAUS – Em um debate virtual promovido pelo ex-senador, ex-ministro e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), e pelo Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), nessa quinta-feira, 27, o convidado foi o senador Tasso Jereissati (PSDB) para falar sobre a CPI da Pandemia e seus possíveis resultados. Ambos disseram acreditar que a Comissão, em curso no Senado, vai ter efeito e punição aos responsáveis pelas omissões e irregularidades ocorridas no enfrentamento da Covid-19, que assola o País desde março de 2020.

Para eles, a morte de quase meio milhão de brasileiros não pode e nem deve passar impune e que, além dos resultados das apurações feitas na CPI, as medidas legais devem ser adotadas de imediato. “O que está sendo discutido são quase 500 mil pessoas mortas, corrupção com o dinheiro da saúde, negacionismo, entre outras coisas que precisam de resposta”, defendeu Arthur Virgílio, que é o atual presidente do PSDB-AM.

“Vai ter consequência, sim”, afirmou o senador Tasso Jereissati, que é integrante da CPI da Pandemia. Ele avaliou, ainda, que a descrença dos brasileiros em resultados de comissões de inquérito se deve aos governantes que tentam impedir avanços nas investigações e nas punições dos possíveis crimes. “Essa é a primeira CPI em décadas que não tem o controle do governo, porque o atual presidente não tem partido, não acredita em partido e faz a política do eu sozinho. Por isso, não teve como ter o controle, não indicou relator, não indicou presidente”, lembrou, ao fazer um relato das CPIs que culminaram com a renúncia do presidente Collor e o afastamento do ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

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“Algumas CPI foram frustrantes, mas essa dá um pouco de esperança. Não é uma caça às bruxas, mas uma investigação necessária para esclarecer toda essa situação”, concordou Virgílio. Arthur também disse que o assunto se agrava porque o País não está se preparando para os eventos futuros da pandemia e não está avançando com a vacinação em massa. “O medo que eu tenho é que essa inércia, essa lentidão na vacina, faça com que o vírus se torne tão robusto que não teremos vacina eficaz para controlá-lo”, alertou.

Segundo Tasso, a CPI da Pandemia não vai se limitar a investigar a participação do Governo Federal, mas deve se estender a outros entes federativos. “O foco principal da CPI são as causas, as responsabilidades, as omissões. Por que chegamos ao ponto que chegamos? Quais as razões? Quem foram os responsáveis?”, explicou o senador. “Mas, também foi definido que os fatos correlatos em Estados e municípios também devem ser investigados. Só temos que ter cuidado para a CPI não virar questão política e perder a força”, completou.

O senador finalizou dizendo que não acredita em impeachment do presidente Jair Bolsonaro. “O País já sofreu dois impeachments e a crise que isso gera é muito grande. Nós temos um desemprego enorme, uma crise sanitária única na história do País. Abrir uma crise que pode paralisar o governo por meses, nessas circunstâncias, será catastrófico. Não é o momento, temos que trincar os dentes e conter a irracionalidade dos governantes”, concluiu. Além de senador, Tasso é o político, empresário, foi ex-governador do Ceará e ex-presidente nacional do PSDB.

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