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Atletas brasileiros com deficiência intelectual participam de competição em Berlim
Delegação brasileira para os Jogos Mundiais das Olimpíadas Especiais de Berlim, 2023 (Divulgação)
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17 de junho de 2023
Da Revista Cenarium*
MANAUS – Bruna Santana, 22, vai competir no atletismo. Alexandre Silva, 26, no basquete 3×3. Ana Paula Santos, 53, bocha. Carolina Silva, 24, na ginástica rítmica.
Esses são alguns dos atletas brasileiros escalados para os Jogos Mundiais das Olimpíadas Especiais, que começam neste sábado, 17, em Berlim.
Os jogos vão reunir 7 mil atletas com deficiência intelectual, de 190 delegações, competindo em 26 esportes. A delegação brasileira tem 36 integrantes, sendo que 26 deles são atletas que vão competir nas modalidades basquete 3×3, atletismo, bocha, natação, ginástica rítmica, tênis e tênis de mesa.
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Thomas Goman, presidente das Olimpíadas Especiais Brasil, explica que o Brasil participa da competição desde os anos 1980 e que o evento mobiliza cerca de 40 mil atletas no Brasil, espalhados em dez Estados, que participam de eventos esportivos locais durante todo o ano.
Participar com frequência desses eventos, aliás, é o que garante ao atleta a chance de participar do sorteio que vai escalar a delegação brasileira — que é escolhida não pela performance em si, mas pelo engajamento nas atividades e o sorteio.
“É essencial o sorteio, ou a gente teria competições não inclusivas”, diz Goman, que estima que mais de 2.000 atletas disputaram vagas no último sorteio.
Em Berlim, os atletas competem em grupos de pessoas com habilidades semelhantes. “Ninguém está competindo com alguém que pode fazer muito mais rápido. Todo mundo que qualificou com esse sorteio está lá para competir com atletas com a mesma habilidade.”
Além dos jogos mundiais a cada dois anos (de verão e de inverno), a iniciativa mobiliza, no Brasil, quase 600 escolas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Pernambuco, com capacitações da equipe escolar para a inclusão por meio do esporte, com jogos unificados que contam com pessoas com e sem deficiência intelectual.
“A partir dali, nosso atletas com deficiência começam a ter mais confiança e ampliamos para atividades de liderança, onde, juntamente com seus parceiros sem deficiência, começam a estudar um projeto dentro da escola e organizam encontros fora da escola”, afirma Goman.
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