Aumento de mortes por Covid-19 no AM foi de 16%, em 2021

Em 2021, óbitos no AM aumentaram 16,4% (Bruno Kelly/Reuters)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O número de mortes no Amazonas aumentou 16,4% entre 2020 e 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de óbitos chegou a 26.083 no período, quantidade que corresponde à continuidade da pandemia da Covid-19, de acordo com a instituição.

O número de pessoas mortas em 2021 aumentou 18% no Brasil em relação ao ano de 2020, segundo o balanço dos registros em cartório do País. Na região Norte, onde ficam os Estados do Amazonas (AM), Pará (PA), Acre (AC), Roraima (RR), Rondônia (RO), Amapá (AP) e Tocantins (TO), houve uma maior variação no óbito de pessoas entre 40 e 49 anos, contrapondo os dados das pessoas entre 10 e 19 anos, que registrou queda no número de óbitos.

No Amazonas, em 2021, 22,48% dos óbitos (5.863) ocorreram no mês de janeiro, e 15,19% (3.963), em fevereiro, período em que aconteceu o pico da pandemia.

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Em 2021, óbitos no AM aumentaram 16,4%. (Fernando Bizerra/EFE)

Dentre o total de óbitos em 2021 no Estado, 17.355 ocorreram no município de Manaus, com alta de 12,9% em relação a 2020, quando foram registrados 15.110 óbitos na capital, e alta ainda maior (36,0%) em relação a 2019, quando houve registro de 11.112 óbitos.

Idosos

Ao observar as características das pessoas falecidas, é possível notar que os idosos acima de 80 anos ou mais de idade concentraram o maior contingente de óbitos no Amazonas, com um total de 5.188 mortes (19,9%).

Segundo o IBGE, as maiores variações em números absolutos de mortes ocorreram nas faixas de 60 a 69 e 50 a 59 anos. Já entre os idosos de 60 a 69 anos, o acréscimo foi de 903 óbitos quando comparados a 2020. O grupo de meia-idade, na faixa etária de 50 a 59 anos, veio em seguida com adição de 810 óbitos; e o grupo de 40 a 49 anos teve 657 óbitos a mais, no período.

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É importante entender que foi um ano atípico para os dados publicados pela pesquisa. A ocorrência da pandemia afetou o comportamento a respeito de tudo, aos nascimentos, casamentos, aos óbitos e até aos divórcios“, afirma o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques.

Outro dado que Adjalma destaca é o local onde aconteceu os óbitos. “Cerca de 74% dos óbitos aconteceram em hospitais, percentual bem acima dos anos anteriores”, o que, segundo ele, é um reflexo da pandemia da Covid-19. Em 2021, o falecimento em domicílio correspondeu a 14,2% das mortes; e em 10,8%, o local declarado foi “outro”.

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