Autoridades argentinas e políticos brasileiros se solidarizam com atentado à Cristina Kirchner: ‘Vítima de um fascista’

O presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, o ministro da Economia do país argentino, Sergio Massa, e os candidatos à Presidência da República do Brasil Simone Tebet, Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes. (Arte: Mateus Moura/ Revista Cenarium)
Beatriz Araújo – Da Revista Cenarium

MANAUS – Políticos brasileiros como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), e autoridades, prestaram solidariedade à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner que sofreu um atentado na última quinta-feira, 1º, em frente a sua residência, no País. O principal suspeito é o brasileiro Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, que está preso.

Montiel foi preso após ter apontado uma arma contra a cabeça de Kirchner. A arma falhou no momento em que ele efetuou o disparo. No Brasil, os postulantes ao cargo de presidente da República se manifestaram, pelas redes sociais, contra a tentativa de assassinato e se solidarizaram com a vice-presidente do País vizinho. No twitter, Lula cobrou justiça e lembrou que violência e ódio político são ameaças à democracia.

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“Toda a minha solidariedade à companheira Cristina, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa. Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio político que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas”, disse.

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Para Ciro Gomes, o atentado deve servir de lição aos brasileiros para lutar contra o radicalismo. “O atentado frustrado a Cristina Kirchner por pouco não transforma em chuva de sangue a nuvem de ódio que se espalha pelo nosso continente. Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará. Para nós, fica a lição de onde pode chegar o radicalismo cego, e como polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos. Ainda há tempo de salvar o Brasil de uma grande tragédia gerada pelo ódio. Paz!”, acrescentou.

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Já Simone Tebet afirmou que é preciso dar um basta em situação de violência no mundo e cobrou que as lideranças criminalizem o episódio. “Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições”, defendeu a candidata.

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Felipe D’Avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP) também se solidarizaram com Cristina. Veja abaixo:

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Autoridades argentinas

O presidente da Argentina Alberto Fernández, declarou feriado nacional em solidariedade à Kirchner e incentivou a sociedade e políticos a repudiarem o episódio. “Merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina. De todos os setores políticos. De todos os homens e mulheres da república, porque esses fatos afetam nossa democracia”, declarou.

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O ministro da Economia do país argentino, Sergio Massa, considerou a situação como “tentativa de assassinato”. “Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e situações como estas surgem: tentativa de assassinato”, disse o ministro em suas redes sociais.

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Entenda o caso

Kirchner sofreu um atentado na porta de sua casa na capital argentina, por volta das 21h de quinta-feira, 1. A vice-presidente estava cercada de pessoas, quando um homem apontou uma arma em sua cabeça e puxou o gatilho, porém, a pistola falhou. De acordo com a Polícia Federal argentina, o possível autor do disparo é o brasileiro, Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, que foi detido no local.

Leia também: Brasileiro tenta atirar contra vice-presidente da Argentina e é detido pela Polícia; arma falhou

Cristina estava conversando com apoiadores em frente ao edifício em que mora quando foi abordada pelo homem armado, que mirou sua cabeça e apertou o gatilho, mas a arma não funcionou. Segundo relataram ao jornal La Nación pessoas que estavam no local, a vice-presidente chegou a se agachar.

As autoridades locais afirmam que Montiel nasceu no Brasil e mora no país vizinho, mas tem família em São Paulo. Ele trabalha como motorista de aplicativo e tem antecedente criminal por porte de arma não convencional.

Em seus perfis no Facebook e Instagram – deletados após o atentado – o brasileiro gostava de ser chamado de “Salim” e se gabava por ser crítico ferrenho do atual governo argentino e da família Kirchner. Ele também exibia suas tatuagens nas redes sociais, algumas associadas à simbologia nórdica e uma, no cotovelo do braço direito, que reproduziria um sol negro, em referência à iconografia usada pela SS, a temida polícia do Partido Nazista de Adolf Hitler.

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