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Brasileiro tenta atirar contra vice-presidente da Argentina e é detido pela Polícia; arma falhou
Brasileiro suspeito de tentar atirar contra Cristina já tinha antecedentes criminais (Reprodução)
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02 de setembro de 2022
Com informações do Estadão
MANAUS – A polícia argentina prendeu um homem que tentou atirar contra a vice-presidente Cristina Kirchner na porta da casa dela na noite desta quinta-feira, 1º, em Buenos Aires. O suspeito foi identificado pelo jornal Clarín comoum brasileiro de 35 anos. Um vídeo registra o momento em que um homem aponta a arma para a vice-presidente e rapidamente é detido.
A tentativa de atirar contra a vice-presidente aconteceu no momento que Cristina se aproximou da militância que estava de vigília na frente da sua casa no Bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Nos vídeos, é possível ver que Cristina se abaixa após a arma ser apontada para ela. No mesmo instante, seguranças intervêm e conseguem segurar o suspeito.
Segundo relatos da militância ao jornal La Nación e em um dos vídeos do momento, a arma chegou a ter o gatilho apertado, mas nenhum tiro foi disparado. “Estávamos fazendo um cordão de isolamento com os companheiros e de repente, sem dizer uma palavra, o homem apertou o gatilho. Ele colocou o revólver na frente dela”, declararam.
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O presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou em um pronunciamento ainda na noite desta quinta-feira que a arma apontada estava carregada com cinco balas. No mesmo pronunciamento, ele declarou feriado nacional nesta sexta-feira “para que o povo argentino possa se expressar em defesa da vida, da democracia e em solidariedade da nossa vice-presidente”.
Fernández repudiou o ataque e garantiu uma investigação célere sobre o caso. “Este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina. De todos os setores políticos, de todos os homens e todas as mulheres da república”, declarou. “A convivência democrática foi quebrada pelo recurso de ódio que tem partido de diferentes espaços políticos, judiciais e midiáticos da sociedade argentina. Podemos discordar, podemos ter profundas discordâncias, mas uma sociedade democrática os recursos de ódio não podem ter lugar porque geram violência”, continuou.
O advogado da vice-presidente, Gregorio Dalbón, afirmou que o incidente foi resultado do “ódio” contra Cristina. “Isso significa que eles usam todas as coisas que dizem para Cristina, todas as ameaças, para meter bala. Obviamente, este é o resultado dos que odeiam ela. Vamos a fundo no assunto porque se trata da vice-presidente”, declarou.
Uma fonte do governo argentino afirmou ao jornal Clarín que Cristina não percebeu, na hora, que um homem havia tentado atirar contra ela. No momento da tentativa de disparo, ela abaixou para pegar um exemplar de sua biografia que alguém havia pedido para que ela autografasse e tinha caído na rua. Só depois, segundo a fonte, ela entendeu o que aconteceu. No vídeo, é possível ver ela apanhando um livro no chão.
Segundo o funcionário do governo, Cristina está calma, em sua casa, acompanhada do filho Máximo Kirchner e por dois secretários particulares. Ela já conversou com o presidente Alberto Fernández e com vários integrantes do governo, incluindo o ministro da Economia, Sergio Massa.
O caso vai ser investigado pela juíza María Eugenia Capuchetti e pelo Ministério Público. Minutos depois do incidente, a polícia federal argentina formou um cordão policial ao redor da residência.
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