Babá conhecida por ter salário de R$ 15 mil é vítima de racismo por motorista de aplicativo

Segundo a babá, motorista de aplicativo se recusou a continuar viagem por conta de sua cor e passou para outro parceiro (Reprodução/ internet)

Da Revista Cenarium*

RIO DE JANEIRO – Solene Angelo, conhecida como superbabá e cuidadora dos filhos de Gabi Brandt, prestou queixa na tarde desta terça-feira, 1º, por ter sido vítima de racismo dentro de um carro de aplicativo. Ela, que ficou conhecida após ter seu salário de R$ 15 mil “vazado” em 2014, relatou o episódio em vários vídeos no stories ao deixar a delegacia. As informações são do site Extra.

“Estou saindo agora da delegacia agora. O motorista não cancelou a viagem. Ele passou a viagem para outro motorista. O delegado disse que não pode fazer um boletim de ocorrência contra ele, sem o nome ou afoto do motorista. Então, eu vou entrar com um processo contra a Uber, que vai ter que me dar os dados dele. Eu não vou deixar isso barato”, disse ela, irritada, ao não ser transportada pelo motorista que chamou e, segundo ela, não a pegou por sua cor.

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Recentemente, um manifesto produzidos pela Faculdade Zumbi dos Palmares e a Afrobras, em parceria com a Agência Grey, lançou o “Movimento Ar” de combate ao racismo. O nome era uma alusão ao caso de George Floyd, homem negro morto durante abordagem de um policial branco nos EUA.

“Não preciso disso. Sou trabalhadora e honesta. E alguém vai ter que pagar por isso”, reclamou Solene, que em 2014 foi apontada pela revista “Veja” como superbabá com salário digno de um executivo para desempenhar suas funções, no que começou aos 13 anos: cerca de R$ 15 mil por mês. Solene também é escritora e faz palestras e vídeos de autoajuda e aceitação.

Palavra de especialista

Para a doutora em antropologia social pela Unicamp, Fabiane Vinente, o racismo é um problema desde o início da civilização humana. “Aqui no Brasil temos o racismo estrutural, que são estruturas da sociedade que são vedadas a algumas pessoas em função da sua cor, classe social ou pertencimento étnico. Isso repercute nas políticas públicas. Esse racismo está perpetrado, posto nessa ausência”.

A reportagem tentou contato com a Uber e aguarda posicionamento.

(*) Com informações do jornal Extra

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