Bolsonaro diz que Pazuello faz ‘trabalho excepcional’ no combate à Covid-19

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro. (Divulgação/ Ministério da Saúde)

Com informações do O Globo

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado, que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, faz um “trabalho excepcional” e é um “tremendo gestor”. A defesa do chefe da pasta mais importante no combate ao coronavírus vem na semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou um inquérito para investigar se Pazuello foi omisso em relação à crise na saúde em Manaus, que resultou na falta de oxigênio medicinal nos hospitais.

“Trabalho excepcional o do Pazuello, tremendo de um gestor. Essa investigação é de pequenos partidos de esquerda que procuram o Supremo para tudo. Pode investigar o Pazuello, que não tem nenhuma omissão. Ele trabalha de domingo a domingo, vira a noite, eu duvido que outra pessoa desse a resposta que ele está dando”, disse o presidente.

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“(Sobre o) Amazonas, mandamos R$ 9 bilhões pra lá. Não é competência da gente levar oxigênio pra lá. A gente ficou sabendo numa sexta-feira do problema de gás, na segunda ele estava em Manaus, na quarta já chegou tudo. Usamos a Força Aérea, balsa, logo depois a gente começou a transportar também o pessoal de Manaus que não tinha leitos para outros hospitais da redondeza, em especial hospitais universitários. Ele (Pazuello) faz tudo o que é possível. Agora, uma investigação como essa não tem nada a ver”, disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que, embora a situação em Rondônia esteja se agravando, não haverá, por ora, intervenção federal, porque o governo local não fez esse pedido. E, além disso, o presidente alegou não considerar necessário adotar essa medida agora. Para se defender das acusações de omissão do governo federal em relação a Manaus, Bolsonaro disse que a crise foi repentina, não havia como ser prevista.

Neste sábado, o presidente saiu do Palácio da Alvorada de moto e foi para uma concessionária com o objetivo de fazer revisão no veículo. Em seguida, foi à Granja do Torto conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Também parou para conversar com um grupo de garis que trabalhavam em uma rua de Brasília. No meio do percurso, parou algumas vezes para dar declarações à imprensa.

Governo pode comprar Sputnik, diz presidente

Bolsonaro anunciou que, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar, o governo vai comprar a vacina Sputnik, da Rússia. Ele afirmou que a imunização pelas vacinas tem pequena duração no organismo e, por isso, as pessoas precisam aprender a conviver com o coronavírus.

 “A vacina, dizem que tem validade de seis meses. Tem gente desesperada dentro de casa. Mais um indício fortíssimo que tem que aprender a conviver com o vírus. Quem tem imunidade baixa, tem que preservar. Também os mais idosos, com comorbidades. O resto tem que trabalhar, não tem como. Se coloca no lugar de uma pessoa de Ceilândia, Taguatinga (cidades próximas a Brasília), vai ver como estavam vivendo as pessoas lá. Não tem mais churrasquinho de gato, esses informais, chamados invisíveis, estavam abandonados à própria sorte”, disse.

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