Casal homoafetivo se casa para concluir adoção de criança: ‘Nossa família’

O casal Luiz Tanak e Joell Crave (Adrisa De Góes/Revista Cenarium Amazônia)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – O casal Luiz Tanak e Joell Crave viu no casamento civil a possibilidade de concluir a adoção de uma criança e formar uma família. Juntos há oito anos, eles concretizaram o matrimônio em cerimônia coletiva realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), na sexta-feira, 8.

À REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, os recém-casados contaram que possuem uma filha de dois anos e viabilizam os documentos para adotá-la definitivamente. Vestidos de roupas na cor vermelha, o casal destacou, ainda, que a escolha representa o poder de ser quem são.

“É um momento muito especial para que a gente possa concluir a adoção da nossa filha. É um passo muito importante depois de tanto tempo juntos. Me sinto feliz e muito realizado em poder dar mais esse passo (…) Hoje o vermelho simboliza o nosso poder de estar casando”, disse Tanak.

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Luiz Tanak e Joell Crave se casaram na sexta-feira, 9, na sede da OAB-AM (Adrisa De Góes/Revista Cenarium Amazônia)

Crave afirmou, também, que o matrimônio

“A sensação de estar casando é indescritível. Fico muito emocionado pois esperamos muito por esse momento para concluir a adoção da nossa filha e termos a nossa família. Já passamos por muitos altos e baixos e a todo momento acreditamos no amor e sabíamos que daria certo”, disse o noivo.

Cerimônia

O casamento coletivo LGBTQIAPN+ foi promovido pela Caixa de Assistência dos Advogados do Amazonas (CAAM), em parceria com a Corregedoria-geral de Justiça (CGJ-AM) do Tribunal de Justiça do Amazonas e apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).

A cerimônia de união civil foi conduzida pelo juiz corregedor-auxiliar da CGJ-AM, Áldrin Henrique de Castro Rodrigues, que em abril deste ano, também celebrou a união civil coletiva de 26 casais indígenas de 13 etnias em São Gabriel da Cachoeira.

Ao todo, 23 casais LGBTQIAPN+, que comprovaram baixa renda, foram dispensados do pagamento de taxas cartoriais e terão as certidões de casamento registradas pelo 7º Cartório de Registro Civil. No local, um estúdio foi montado para registro de fotos. As alianças foram oferecidos pela Sejusc e o buffet oferecido pela CAAM.

Leia mais: Número de casamentos homoafetivos no Brasil cresce após dez anos de permissão
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