São Miguel do Guaporé, em Rondônia, é listado como terceiro maior produtor de café no Brasil, pelo IBGE
15 de setembro de 2022

Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – São Miguel do Guaporé, pequeno município do interior de Rondônia, distante quase 500 quilômetros de Porto Velho, alcançou uma importante marca no setor de produção de grãos: com 44 mil toneladas de café colhidas em 2021, a cidade foi o terceiro maior produtor da cultura, no País.
Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outras seis cidades rondonienses aparecem entre os 100 principais produtores.

Rondônia entre os maiores
Com a produção recorde, São Miguel do Guaporé ficou atrás apenas dos municípios de Patrocínio (MG) e Rio Bananal (ES).
A produção cafeeira chegou a 170 mil toneladas, em todo o Estado, no ano passado, o que representa 5,7% da cafeicultura nacional. Rondônia ficou em quinto lugar entre os demais estados brasileiros e figurou com seis municípios entre os 100 maiores produtores do País.
Veja quais são:
| Município | Produção de café em 2021 |
| Cacoal | 22 mil toneladas |
| Alto Alegre dos Parecis | 15 mil toneladas |
| Nova Brasilândia d’Oeste | 15 mil toneladas |
| Alta Floresta do Oeste | 14 mil toneladas |
| Buritis | 10 mil toneladas |
| Ministro Andreazza | 9 mil toneladas |
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Produção em alta
Apesar do encolhimento da área de colheita do café, em 47,8%, em quase dez anos, desde 2012, a produção saltou 99,7% em Rondônia.
O crescimento foi alavancado pelo aumento no rendimento médio por hectare, segundo o IBGE. O instituto levou em conta a substituição do café seminal, aquele proveniente das sementes das próprias plantas, por mudas clonais. Foi assim que o Estado passou da produção de 85 mil toneladas para 170 mil.
Café da floresta
Além do destaque em cultivo e produção, é da região conhecida por Matas de Rondônia que sai um dos melhores cafés do mundo, o chamado Robusta Amazônico. A área engloba 15 municípios e recebeu, também no ano passado, o Selo de Indicação Geográfica com Determinação de Origem (Sigdo). O reconhecimento foi promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
O título é destinado às espécies do Café Canéfora (Coffea Canephora), cultivadas de forma sustentável na região. No caso de Rondônia, o selo deve valorizar a qualidade, especialmente, do Café Robusta Amazônico, derivado do Canéfora, além de garantir que o produto final não seja cultivado em nenhum outro lugar do mundo.
Ocupando a quinta posição em cafeicultura no Brasil, o Estado pontua bem melhor, em primeiro lugar, em comparação com os demais estados do Norte, sendo responsável por 97% de todo o café plantado e colhido na Região, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).