São Miguel do Guaporé, em Rondônia, é listado como terceiro maior produtor de café no Brasil, pelo IBGE

Rondônia ficou em quinto lugar entre os demais estados brasileiros e figurou com seis municípios entre os 100 maiores produtores do País (Governo de Rondônia/Reprodução)
Iury Lima – Da Revista Cenarium

VILHENA (RO) – São Miguel do Guaporé, pequeno município do interior de Rondônia, distante quase 500 quilômetros de Porto Velho, alcançou uma importante marca no setor de produção de grãos: com 44 mil toneladas de café colhidas em 2021, a cidade foi o terceiro maior produtor da cultura, no País.

Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outras seis cidades rondonienses aparecem entre os 100 principais produtores.

Rondônia passou de 85 mil para 170 mil toneladas, em 2021 (Emater-RO/Reprodução)

Rondônia entre os maiores

Com a produção recorde, São Miguel do Guaporé ficou atrás apenas dos municípios de Patrocínio (MG) e Rio Bananal (ES). 

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A produção cafeeira chegou a 170 mil toneladas, em todo o Estado, no ano passado, o que representa 5,7% da cafeicultura nacional. Rondônia ficou em quinto lugar entre os demais estados brasileiros e figurou com seis municípios entre os 100 maiores produtores do País.

Veja quais são:

MunicípioProdução de café em 2021
Cacoal22 mil toneladas
Alto Alegre dos Parecis 15 mil toneladas
Nova Brasilândia d’Oeste 15 mil toneladas
Alta Floresta do Oeste 14 mil toneladas
Buritis10 mil toneladas
Ministro Andreazza9 mil toneladas
Fonte: PAM/IBGE

Leia também: Café produzido em Rondônia é o primeiro do mundo a receber ‘Selo de Indicação Geográfica’

Produção em alta

Apesar do encolhimento da área de colheita do café, em 47,8%, em quase dez anos, desde 2012, a produção saltou 99,7% em Rondônia. 

O crescimento foi alavancado pelo aumento no rendimento médio por hectare, segundo o IBGE. O instituto levou em conta a substituição do café seminal, aquele proveniente das sementes das próprias plantas, por mudas clonais. Foi assim que o Estado passou da produção de 85 mil toneladas para 170 mil.

Café da floresta

Além do destaque em cultivo e produção, é da região conhecida por Matas de Rondônia que sai um dos melhores cafés do mundo, o chamado Robusta Amazônico. A área engloba 15 municípios e recebeu, também no ano passado, o Selo de Indicação Geográfica com Determinação de Origem (Sigdo). O reconhecimento foi promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). 

O título é destinado às espécies do Café Canéfora (Coffea Canephora), cultivadas de forma sustentável na região. No caso de Rondônia, o selo deve valorizar a qualidade, especialmente, do Café Robusta Amazônico, derivado do Canéfora, além de garantir que o produto final não seja cultivado em nenhum outro lugar do mundo.

Ocupando a quinta posição em cafeicultura no Brasil, o Estado pontua bem melhor, em primeiro lugar, em comparação com os demais estados do Norte, sendo responsável por 97% de todo o café plantado e colhido na Região, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Veja como o café rondoniense está dominando paladares mundo afora

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