Ciro Gomes questiona saúde de Lula e diz que foi duro demais: ‘Está cada vez mais fraco para enfrentar a direita sanguinária’

Ciro Gomes buscou explicar que não se referia à saúde de Lula e sim à capacidade do petista de enfrentar a direita (Danilo Verpa/Folhapress)
Com informações da Folhapress

BRASÍLIA – O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, negou ter se referido ao estado de saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em tuíte publicado em sua rede social e, posteriormente, apagado, mas reconheceu ter achado o texto “meio duro demais”.

O pedetista participou de diálogo com presidenciáveis da Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços), realizado nesta terça-feira, 30, em Brasília.

Ao final do evento, ele foi perguntado por que havia postado, na segunda-feira, 29, mensagem na qual questionava o estado de saúde de Lula. No tuíte, ele dizia que o petista “está cada vez mais fraco, fisicamente, psicologicamente e teoricamente (sic), para enfrentar a direita sanguinária”. Ciro apagou o texto pouco depois.

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“Veja, não falei nada sobre o estado de saúde. Eu só achei que aquilo ali era meio duro demais e podia entrar na má inteligência”, afirmou.

“O que eu estou falando é que o Lula perdeu a capacidade moral de enfrentar o Bolsonaro e a direita sanguinária no Brasil. Então, refraseando, é só isso que eu quis dizer”, complementou.

Na sequência, um jornalista rebateu e disse que ele havia falado sobre a saúde do adversário nas eleições. “Eu não vou entrar nessa futrica, não”.

Na segunda-feira, após o pedetista apagar o post, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que o post de Ciro era “lamentável” e que o ex-presidente foi “muito simpático” com o rival, no debate, sem deixar de colocar “as coisas que tinha que colocar, a responsabilidade política dele [Ciro] perante o Brasil”.

No evento na Unecs, Ciro citou que foi questionado sobre pontos de seu programa de governo e defendeu a manutenção dos avanços obtidos com a reforma trabalhista. No entanto, argumentou que “a ideia de que temos que desregulamentar o trabalho é um equívoco mortal”.

Ao final, ele seguiu para um centro comercial localizado no Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal. Lá, participou de uma curta caminhada ao lado da candidata do PDT ao Governo do DF, senadora Leila, e do nome do partido ao Senado, Joe Valle.

O pedetista falou aos presentes sobre sua proposta de melhorar o diálogo com o Congresso e que inclui mediação da dívida de Estados e municípios para melhorar as finanças desses entes.

“O que eu vou fazer? Pegar essa dívida que eles [os entes] têm hoje, botar para o fim do prazo e deixar de 12% a 15% da receita de cada Estado que está mandando, hoje, para Brasília, na mão de governadores e prefeitos, em troca do apoio deles para mediar o apoio no Congresso Nacional.” Se o impasse persistir, ele voltou a defender a realização de plebiscitos para garantir o apoio popular.

Ciro, que ficou cerca de meia hora no local, disse a apoiadores estar “sentindo que a virada está acontecendo”.

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