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Com síndrome rara que a impede de sorrir, jovem assina contrato de modelo para inspirar pessoas
Tayla Clement tem condição rara que a impede de sorrir (Foto: Instagram / Reprodução)
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07 de abril de 2022
Com informações Infoglobo
RIO — A neozelandesa Tayla Clement, de 24 anos, ficou conhecida ao longo de sua vida como “a garota que não pode sorrir”, devido a uma condição congênita rara, que afeta seus nervos faciais, de forma a não conseguir mover o lábio superior, o que a impede de esboçar um sorriso, tal como representa a expressão de felicidade. Mas com o tempo ela aprendeu que pode, sim, se sentir feliz, mesmo sem aparentar, ainda mais agora que assinou um contrato internacional de modelo. Sem ter tido representatividade na adolescência, um período difícil marcado pelo bullying na escola, agora ela tem a expectativa de inspirar outros que passam por situações semelhantes.
“Eu não tinha ninguém (como eu) para ver nos filmes, na mídia ou na capa das revistas, então me senti realmente inútil e não aceita porque não me via em lugar nenhum”, afirmou Tayla.
Nova integrante da agência Zebedee Talent, que promove trabalhos para pessoas com deficiência, ela descreveu que “ser tão abertamente aceita e querida foi muito incrível”.
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“Isso me deixa meio emocionada, mas estou tão feliz que fui eu que passei por tudo, porque posso inspirar e ajudar as pessoas”.
De acordo com a revista “People”, Tayla foi diagnosticada com síndrome de Moebius, um distúrbio que atinge apenas uma pessoa a cada 50 mil. Por causa dos nervos faciais subdesenvolvidos, ela também não consegue mover as sobrancelhas e um pouco dos olhos.
“As pessoas traziam sacolas plásticas para a escola e me diziam para colocá-las na cabeça porque eu era tão feia que não queriam me ver e eu não merecia ser vista”, lembrou a jovem. “Eu acho que quando você cresce ouvindo que você é feia e inútil, você acredita porque não está ciente de mais nada”.
Segundo o portal australiano “7 News”, Tayla passou por uma cirurgia aos 12 anos, em que foi retirado um tecido da coxa para os cantos da boca. Cerca de um ano depois, porém, os médicos ainda não conseguiram despertar os nervos faciais dela. A situação frustrou muito a jovem, pois ela esperava que o procedimento desse certo e o bullying parasse, mas a intimidação na escola continuou, e ela chegou a apresentar dez convulsões num único dia. À época, o diagnóstico foi que elas tinham relação com estresse traumático grave.
“Tive uma depressão tão grave que os médicos me disseram que minha saúde mental era tão ruim quanto um soldado sofrendo de TSPT (transtorno de estresse pós-traumático)”, contou Tayla.
Alguns anos depois de se formar, ela buscou reforçar sua autoconfiança ao fazer algumas atividades como academia e mediação. E atualmente pretende continuar a seguir em frente no trabalho de modelo.
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