Da Redação
MANAUS – Os municípios da região Norte foram os que menos receberam recursos do Ministério da Saúde por habitante para combater a pandemia de Covid-19. Entre as 450 cidades nortistas, a menos beneficiada pelos repasses federais foi Manaus, que enfrenta novo colapso do sistema de saúde, com explosão de contágios e falta de oxigênio em hospitais.
Dados levantados pela ONG Repórter Brasil, a partir de informações do Fundo Nacional de Saúde (FNS), explicam que o governo federal repassou R$ 24,97 por habitante para Manaus. Esse número só inclui valores direcionados para combater o coronavírus desde o início da pandemia até dezembro do ano passado.
Em termos comparativos, Rio Branco, no Acre, recebeu R$ 31,95 por habitante, enquanto Tailândia, no Pará, recebeu R$ 37,53 por habitante. Na média, as cidades da região Norte receberam R$ 92,63 por habitante.
A média nacional, informa a ONG, é de R$ 110,72 e o total de recursos repassados pelo FNS para combater o coronavírus foi de R$ 23,1 bilhões, distribuídos entre 5.568 municípios.
Um estudo publicado esta semana pela Folha de S. Paulo mostra que a mortalidade foi maior na região Norte do que no restante do País e foi agravada por “disparidades regionais de leitos e de recursos existentes no sistema de saúde”.
Quando se analisa apenas as capitais, Manaus, Rio Branco e Porto Velho (RO) foram as que menos receberam. O Rio de Janeiro aparece na 7º posição, com R$ 61 por habitante, e São Paulo na 9º, com R$ 62 per capita. A capital que mais recebeu os recursos do governo federal de forma proporcional à população foi Porto Alegre, com R$ 229 por habitante, valor 107% acima da média nacional.
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