Da Revista Cenarium
No momento em que o Amazonas enfrenta a pandemia do novo Coronavírus, atrelada às Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs), manter a alimentação para uma imunidade em alta, na regra geral, reduz as chances de adoecer.
O nutricionista da Associação de Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), David Silva dos Reis, explica que vitaminas e minerais, encontrados nos vegetais, por exemplo, ajudam a balancear o metabolismo e a manter as defesas ativas
“Alimentar-se bem é uma das mais importantes ações para manter o corpo funcionando em seu perfeito estado. E neste momento, é importante escolher bem os alimentos para prevenir futuras deficiências nutricionais e proteger o organismo das doenças infecciosas, mantendo a imunidade alta”, recomendou.
Reis pontua que um cardápio saudável também ajuda no bom funcionamento do intestino, desde que haja um consumo regular de fibras, vegetais, entre outros. O ideal é manter uma alimentação variada, composta por alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes e cereais/fibras; não esquecendo do consumo regular de água (dois litros ao dia).
Orgânico é sinônimo de saúde
Outra dica importante é evitar alimentos industrializados (enlatados e embutidos, por exemplo), que além de prejudicarem o organismo, também tem o consumo a longo prazo associado às doenças cardiovasculares, obesidade e câncer, já que são ricos em gordura e sódio, geralmente.
“Alertamos também para o consumo de fast foods, que no período de distanciamento social, acaba sendo uma opção para as pessoas que estão em casa, mas que em grande quantidade, pode ser prejudicial à saúde, em função, principalmente, da adição de conservantes e excesso de gorduras ruins para o corpo”, frisou Reis, que é especialista em Fitoterápicos, Suplementos Nutricionais e Gerontologia e Saúde do Idoso.
No caso dos carboidratos, ele explica que são produtos responsáveis pela geração de energia no corpo, pois são transformados em açúcar. Sendo assim, o consumo de pães, massas, arroz, batatas e derivados, entre outros, deve ocorrer de forma moderada e sem exageros, evitando a exclusão total desses itens da dieta. Pacientes diabéticos, por exemplo, devem preferir os integrais.
“Uma das combinações de maior preferência entre os brasileiros é a do arroz com o feijão, mistura rica em aminoácidos e algumas vitaminas e minerais. Mas, é preciso controlar o consumo de carboidratos. O recomendado é de 5 a 9 porções ao dia, pois podem ser facilmente convertidos em ácidos graxos”, que em excesso, são prejudiciais.
Já as proteínas ajudam na construção dos músculos, ossos e na produção de enzimas. O consumo moderado, de até cinco porções pequenas ao dia, é o ideal. O nutricionista explica que é importante dar preferência, nesses casos, às carnes magras, como frango peixes e afins. O ovo também é uma opção, desde que não haja exagero. “A palavra-chave na nutrição é equilíbrio”, completou.
Um passo a passo pode ser feito a partir das orientações de Reis na hora de montar o prato:
- Experimente pequenas porções de carboidratos;
- Escolha proteínas cozidas, assadas ou grelhadas (evitando frituras);
- Escolha salada crua ou cozida (sem batatas, se tiver arroz e feijão ou massas no prato) e adicione uma colher de sopa de azeite de oliva extra-virgem;
- Nas saladas, procure combinar as cores dos vegetais, pois cada cor tem um composto bioativo que age protegendo nossos corpos de infecções e doenças diversas;
- Modere no consumo de farinha, pois o produto tem alto valor calórico e pode contribuir para o aumento da glicose no sangue (mas, se for consumir, opte por substituir por algum outro carboidrato do prato, como o arroz, por exemplo);
- Lembre-se que, quanto mais variada for sua alimentação, mais nutrientes importantes entrarão no organismo.
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