Comissão busca revisão no número de candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil do AM

Segundo estudos realizados pela Comissão de Candidatos da PC-AM, com base nas notas preliminares das provas objetivas, há risco de as vagas não serem preenchidas (Reprodução)

Da Revista Cenarium

MANAUS – Um grupo de candidatos que disputa as 209 vagas no concurso público da Polícia Civil do Amazonas, para os cargos de escrivão e investigador, pretende que o governador Wilson Lima e a Fundação Getulio Vargas (FGV) – organizadora do certame – revisem o número de candidatos aptos a disputar as próximas etapas do certame.

Isto porque, segundo estudos realizados pela Comissão de Candidatos da PC-AM, com base nas notas preliminares das provas objetivas, há risco de as vagas não serem preenchidas. De acordo com o edital do concurso público, são 160 vagas para o cargo de investigador e 49 para escrivão.

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A reportagem da CENARIUM procurou a PC-AM e foi informada que a demanda deveria ser encaminhada para a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em contato, a FVG não deu retorno até a publicação desta matéria.

Para constatar o alto grau de reprovações, após as provas objetivas e demais fases, os membros da Comissão de Candidatos da PC-AM realizaram pesquisas quantitativas e, utilizando de estatística avançada e ciência computacional, chegaram a conclusões preocupantes.

“Serão corrigidas apenas 186 provas discursivas para o cargo de escrivão e 600 para o de investigador (ampla concorrência e candidatos PCD’s). Após essa fase, os candidatos seguirão para os exames médicos, avaliação psicológica e Teste de Aptidão Física (TAF), no qual a estimativa de reprovação é de 40% a 60%. Após todas as etapas, existe a possibilidade real de não serem preenchidos nem a metade dos cargos finais ofertados em edital”, explicou uma das representantes da Comissão de Candidatos da PC-AM, Camila Balman.

Segundo a Lei nº 2.875/04, que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da PC-AM, o quadro de cargos da Polícia Civil é composto, entre outros, por: delegados (705), investigadores (2.155) e escrivães (655). No entanto, segundo a folha de pagamentos do mês de março/2022, disponível no Portal da Transparência do Governo do Amazonas, estão na ativa e em exercício, apenas 207 delegados, 390 escrivães e 1.211 investigadores em todo o Estado.

Dados

Os dados demonstram um déficit imediato de, pelo menos, 498 delegados, 944 investigadores e 265 escrivães, e no certame, para ampla concorrência, só foram ofertadas 49 vagas para delegado, 49 vagas para escrivão e 160 para investigador.

A Comissão de Candidatos do concurso da PC-AM está se reunindo com parlamentares, servidores da Polícia Civil e representantes sindicais ligados à Segurança Pública, no Amazonas, na tentativa de chegar até o governador Wilson Lima para apresentar os estudos técnicos e sensibilizar o governador a autorizar a revisão no número de candidatos que prosseguirão para as próximas etapas do concurso.

“Sabemos o quanto um concurso público pode ser ineficiente se não atender a demanda do Estado, e é o que acontecerá se este concurso seguir nos moldes do que foi inicialmente previsto. Queremos somar e ajudar a administração a reforçar a Polícia Civil no Amazonas. Para isso, contamos com a ajuda dos deputados, dos servidores da PC, representantes da classe e, especialmente, do governador Wilson Lima, para que um número justo e eficiente possa seguir para as próximas etapas do concurso, formando, até mesmo, um cadastro reserva, para que o Estado não necessite realizar um novo concurso público, porque neste as vagas não foram preenchidas”, apontou uma das responsáveis pela Comissão, Camila Balman.

*Com informações da assessoria

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