Consuni aprova exigência de certificado de vacinação contra Covid-19 para retorno presencial na Ufam

Universidade Federal do Amazonas (Reprodução)
Marcela Leiros e Maria Luiza Dacio – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovou, nesta quinta-feira, 30, a cobrança do passaporte da vacina contra a Covid-19 para universitários, professores e outros funcionários da instituição. Em uma reunião virtual, os membros do conselho aprovaram, também, outros pontos do Plano de Biossegurança da Ufam.

A proposta foi levada ao Consuni pelo Comitê de Enfrentamento da Pandemia da Universidade e foi aprovada em regime de urgência, já que as aulas retornam no próximo dia 10 de janeiro. O retorno 100% presencial, no entanto, só está previsto para ocorrer no segundo semestre do ano letivo.

O consuni aprovou a exigência mas a operacionalização deve ocorrer em dez dias pela Universidade Federal do Amazonas.

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“Precisamos trabalhar, seja na capital, seja no interior, esse aumento da cobertura vacinal”, disse o relator da pauta e coordenador do Comitê, o professor e infectologista Bernardino Albuquerque.

Segundo o Comitê, o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) ainda cruzou os dados dos CPFs de funcionários, professores e alunos, disponíveis nos bancos de dados da Ufam, com os dados de secretarias municipais de Manaus, Humaitá, Itacoatiara, Parintins, Coari e Benjamin Constant, para verificar a cobertura vacinal de quem frequenta a instituição.

Um dos conselheiros, o professor Alan Rodrigues, diretor da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) disse que o MEC tenta atacar a autonomia da Universidade. “A universidade tem liberdade para pesquisar e lecionar o que preferir e ser administrada da maneira que escolher. Essa administração inclui, por exemplo, exigir o certificado de vacinação, como estamos aqui decidindo”, disse.

A exigência obrigatória, entretanto, foi criticada por conselheiros. É o caso do conselheiro Heron Salazar Costa, representante docente do IEAA, do campus de Humaitá. Ele também pediu o cultivo da liberdade dos indivíduos.

“Será que estamos retrocedendo em cima de um cientificismo? Passando por cima das garantias dos indivíduos? Será que eu não tenho direito de me expor ao risco? O fato de eu não estar vacinado, eu não estou colocando ninguém em risco, eu estou me pondo em risco”, defendeu.

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