De verde e amarelo, Luciano Hang, da Havan, presta depoimento na CPI da Pandemia

Empresário Luciano Hang, dono da Havan. (O Globo)

Com informações da Agência Senado

BRASÍLIA – A CPI da Pandemia recebe, nesta quarta-feira, 29, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, após a comissão identificar ligações dele com o caso envolvendo a operadora Prevent Senior. Conhecido por ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Hang compareceu com um paletó extravagante nas cores da bandeira do Brasil. Ele deve ser confrontado também por seu apoio a medidas ineficazes contra a Covid-19, assim como pela divulgação de informações falsas sobre a doença e um suposto apoio financeiro a blogueiros bolsonaristas investigados pelo Supremo.

O caso mais emblemático, porém, envolve a mãe do empresário e uma possível omissão coordenada dos reais motivos de sua morte.

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Em fevereiro de 2021, Regina Hang ficou internada em uma das unidades do hospital Santa Maggiore, que pertence à Prevent Senior, antes de falecer aos 82 anos.

A causa da morte não foi registrada como Covid-19, o que levantou suspeitas sobre a manipulação dos motivos reais do óbito.

Um dossiê ao qual os senadores tiveram acesso aponta que Regina utilizou o “kit Covid” – composto por medicamentos sem eficácia comprovada –, apesar do filho ter publicado posteriormente que se “arrependia” de não ter fornecido os medicamentos para ela anteriormente.

Já internada, ela teria sido submetida a ozonioterapia por via retal, tratamento vedado pelo Conselho Federal de Medicina por falta de comprovação de sua eficácia.

O empresário chega à CPI na condição de investigado, o que tornou-se viável, segundo os senadores, devido às ligações de Hang com um núcleo próximo de Bolsonaro que promoveu ideias como a “imunidade de rebanho” ou o uso de hidroxicloroquina, remédio ineficaz contra a Covid-19.

“Gabinete paralelo”

Hang é acusado de pertencer ao chamado “gabinete paralelo”, grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro suspeito de aconselhar o presidente em relação à pandemia de Covid-19.

O empresário também foi um dos alvos do inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), instituição constantemente atacada por Hang em publicações nas redes sociais e demais declarações.

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