Diretor da OMS defende direito ao aborto após vazamento de documento da Suprema Corte dos EUA


04 de maio de 2022
Diretor da OMS defende direito ao aborto após vazamento de documento da Suprema Corte dos EUA
Diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra (Denis Balibouse / Reuters/28-2-2020)
Com informações do InfoGlobo

GENEBRA — O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um apelo nesta quarta-feira, 4, a favor do direito ao aborto, dois dias após o vazamento do esboço de uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos favorável a revogação da Roe vs. Wade, de 1973, que legalizou em todo o país possibilidade de um mulher interromper uma gravidez.

“Restringir o acesso ao aborto não reduz o número de procedimentos, apenas leva as mulheres e meninas a realizar procedimentos inseguros. O acesso ao aborto seguro salva-vidas”, escreveu Adhanom no Twitter, sem mencionar diretamente os Estados Unidos.

Leia também: Nos EUA, governador sanciona lei mais restritiva que proíbe aborto até em casos de violência sexual

O documento interno foi divulgado pelo site Politico na segunda-feira e gerou uma onda de protestos. Na terça-feira, o presidente do tribunal, John Roberts, confirmou a autenticidade do documento e anunciou que ordenou uma investigação sobre o vazamento, classificando-o como “uma quebra de confiança única e escandalosa”. Roberts acrescentou que o documento — de autoria do juiz conservador Samuel Alito — não representa “a posição final de nenhum membro” da Casa.

Democratas nos estados, o governo federal e ativistas pró-aborto começaram a se mobilizar para tentar evitar a reversão da decisão judicial de 1973, algo que vem sendo impulsionado por republicanos e conservadores religiosos.

O presidente Joe Biden afirmou que os eleitores terão que eleger mais membros do Congresso que apoiem o direito ao aborto para que seja possível converter o caso Roe versus Wade em lei. El reforçou ainda ainda reforçou que a derrubada nacional do direito ao aborto pela Suprema Corte abriria a porta para mudar as decisões sobre uma “ampla gama” de questões que afetam a privacidade das mulheres.

“Toda uma série de direitos está em questão”, disse Biden a repórteres, alertando para uma “mudança fundamental” nas posições atualmente aceitas sobre casamento gay, ter filhos ou abortos e paternidade.

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