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Economia e praticidade motivam novos motociclistas a se habilitarem
Segundo a Abraciclo, em 2022, o número de mulheres conduzindo motocicletas atingiu a marca de 8,9 milhões (Divulgação Triumph Brasil)
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28 de julho de 2023
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium*
MANAUS – A motocicleta é considerada um veículo prático e mais econômico, se comparado a outros, como carros, o que a torna mais atrativa para ser usada tanto em grandes centros urbanos quanto em pequenas cidades. Isso atrai cada vez mais pessoas a adquirirem habilitações para conduzir esse meio de transporte, contribuindo para o aumento no número de novos motociclistas no País, que teve um aumento de 47,9% em dez anos.
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o Brasil ganhou 12 milhões de motociclistas em dez anos (2013 a 2023), saindo de 24,9 milhões para 36,9 milhões de pessoas que possuem Carteira Nacional Habilitação (CNH) na categoria A.
A empresária Jéssica Beatriz é uma das pessoas que adquiriram habilitação para motocicleta no período. Ela afirma que, além de conseguir se locomover com maior rapidez, consegue economizar cerca de R$ 200 por mês no abastecimento de combustível na motocicleta. No carro, ela gasta em torno de R$ 350 mensais, enquanto na moto o valor fica em R$ 150 por mês.
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“A moto, na minha opinião, é mais econômica“, defende, pontuando, porém, que veículos de quatro rodas, como os carros, também têm vantagens. “Dirijo moto pela praticidade de chegar mais rápido no lugar desejado. A vantagem do carro é de quando eu e minha família marcamos de fazer passeios, já ter alguém para dirigir, e também por questão de carregamento de mercadorias“.
Motorista de aplicativo, Quézia Carneiro se habilitou na categoria A há um ano. Ela também afirma que a economia com o abastecimento da motocicleta é discrepante, se comparada com a do carro, assim como a economia de tempo. “No carro eu gasto de R$ 1.100 a R$ 1.300 de gasolina por semana, já na moto não tenho certeza, mas acredito que na faixa de R$ 500“, diz.
Quanto à praticidade, as motocicletas são mais fáceis de manobrar em espaços apertados, como no trânsito de centros urbano, assim como ocupam menos espaço nas estradas e estacionamentos. Na agilidade, o tempo gasto no transporte, com o uso de motocicletas, também é reduzido se comparado aos veículos e quatro rodas ou mais.
Ainda de acordo com a Abraciclo, o número de mulheres motociclistas aumentou 78% nos últimos dez anos. Em 2013, 5 milhões de pessoas do gênero feminino tinham CNH na categoria A. Em 2022, atingiram a marca de 8,9 milhões. Entre os homens, nesse mesmo período, o aumento foi de 40,7%, passando de 19,9 milhões para 28 milhões de habilitados.
As mulheres ainda representam 24% das pessoas aptas a dirigir veículos motorizados de duas ou três rodas. A cada quatro brasileiros habilitados para conduzir motocicletas, um é do gênero feminino.
Estados do Norte estão entre os que mais ganharam motociclistas em dez anos
Quanto aos Estados, a associação aponta que três Unidades da Federação do Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) estão entre os dez que registraram a maior alta no número de habilitações no período de dez anos. Outros seis são do Norte e um do Sudeste.
Confira o ranking:
RANKING DE HABILITADOS NA CATEGORIA A
Ranking
Estado
2013
2022
Variação (%)
1
Alagoas
154.713
329.472
113,0
2
Amazonas
170.880
325.685
90,6
3
Bahia
910.269
1.691.731
85,8
4
Ceará
773.693
1.415.609
83,0
5
Maranhão
305.907
556.705
82,0
6
Piauí
248.046
430.937
73,7
7
Sergipe
189.250
324.846
71,6
8
Rio de Janeiro
892.977
1.486.676
66,5
9
Pará
656.747
1.073.027
63,4
10
Tocantins
261.839
410.982
57,0
Fonte: Abraciclo
A fabricação nacional de motocicletas é quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), ficando entre as sete maiores do mundo. Quanto às bicicletas, com as principais fábricas também instaladas no PIM, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais. No total, as fabricantes do Setor de Duas Rodas geram cerca de 16,3 mil empregos diretos em Manaus, no Amazonas.
A Abraciclo aponta que, por ano, são fabricadas 1,4 milhão de unidades de motocicletas e 2,5 milhões de unidades de bicicletas. Os dados foram coletados até maio deste ano, e a estimativa considera a produção em todo o território nacional, excluídas as bicicletas infantis.
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