‘Não adianta criticarem’, diz Bolsonaro ao citar produção de motocicletas na ZFM; setor foi um dos poucos não atingidos por redução do IPI

Bolsonaro esteve pela oitava vez na capital amazonense (Ricardo Oliveira/CENARIUM)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – Durante discurso ao fim da motociata realizada em Manaus, na tarde deste sábado, 18, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a citar a Zona Franca de Manaus (ZFM), alvo de ataques com decretos de redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Importação (II).

“O governador (Wilson Lima) é testemunha de como tem aumentado a produção e a montagem de motos, aqui na Zona Franca de Manaus”, declarou o presidente após dizer que “não adianta criticarem”.

A produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus teve um crescimento de 37,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021, porém a fala do presidente faz referência às críticas da base de oposição, que se uniu contra os decretos de redução do IPI e do II, prejudiciais à Zona Franca.

PUBLICIDADE

Bolsonaro ao fim da motociata sem capacete (Ricardo Oliveira/CENARIUM)

Bolsonaro tentou usar o aumento na produção de motos para justificar os contínuos ataques à economia local. Porém, os decretos de redução não incluem motocicletas, bem como a produção de TVs e celulares.

“Estamos estimulando de forma direta, Manaus ganha muito”, declara ao fazer referência à motociata realizada na tarde deste sábado. Bolsonaro ainda declarou ser defensor da Zona Franca, que diz ser responsável por manter a Amazônia Brasileira “longe da cobiça internacional”.

Oitava visita

Bolsonaro volta à capital amazonense um mês após ter marcado presença na “Marcha para Jesus” e dias após a confirmação da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

A motociata acontece em meio às investigações da Polícia Federal, pelas mortes do indigenista e do jornalista, e um dia após anunciar um novo aumento dos combustíveis nas refinarias. O presidente classificou o trabalho da dupla como uma aventura e disse que Bruno era malvisto em Atalaia do Norte, interior do Amazonas.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.