Economia verde, descarbonização e bioindústria são agendas prioritárias, segundo ministro do Comércio, Geraldo Alckmin

Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), pontuou, durante cerimônia de transmissão de cargo, nesta quarta-feira, 4, a agenda principal para o novo governo, pautada no modelo econômico, que visa reduzir impactos ambientais e incentivar o desenvolvimento sustentável.

A economia verde, a descarbonização e a bioindústria serão agendas prioritárias, segundo Alckmin, que ressaltou o trabalho que será realizado em conjunto com as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

“A sustentabilidade é ponto de partida de toda a política industrial. A sociobiodiversidade será ponto de partida da nova política industrial; algumas frentes que serão exploradas no desenho de programas inclui o complexo industrial da saúde, energias renováveis, hidrogênio verde e mobilidade como alguns exemplos“, disse o ministro.

Alckmin ressaltou que a nova política visa um ganho coletivo, do empresário, do trabalhador e do meio ambiente, que devem trabalhar em harmonia, citando o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a posse do dia 1° de janeiro, no qual disse que as desigualdades são “as maiores chagas do País“.

“O Brasil é um País socialmente injusto e economicamente desajustado. Há exclusão dos mais pobres e a inviabilidade econômica até para quem detém alguma capacidade de investimento. Nesse sentido, superaremos a lógica da ‘soma zero’ que coloca os setores econômicos uns contra os outros“, pontuou o ministro, que afirmou o compromisso de agregar valor à produção nacional.

O ex-deputado federal pelo Amazonas, José Ricardo (PT-AM), está em Brasília e acompanhou a cerimônia. Em entrevista à REVISTA CENARIUM, o político, que também é economista e bacharel em Direito, com pós-graduação em Gerência Financeira Empresarial, contou enxergar com otimismo a decisão do governo federal em investir na Economia Verde.

“Isso cria uma possibilidade de o Amazonas ser beneficiado com investimentos, projetos e ações que podem gerar renda e emprego, sem a questão do desmatamento e dos impactos ambientais, que é o que se defende há muitos anos“, pontuou o parlamentar.

José Ricardo ressaltou o fortalecimento da Zona Franca de Manaus e ações de geração de emprego e renda. “Temos que aproveitar a riqueza natural com ciência, tecnologia e conhecimento, aproveitar todo esse potencial que nós temos, de frutos e produção de alimentos“, disse.

O político também destacou a importância da agricultura familiar e dos povos indígenas. “É preciso inserir recursos na conservação e na preservação de tantas áreas, hoje, desprotegidas. E, muitas vezes, as próprias comunidades ribeirinhas são vítimas de uma exploração predatória e que merecem atenção especial“, disse.

“Estamos bastante otimistas de uma decisão de governo, não apenas do ministério, mas do presidente Lula, em ter esse olhar especial em benefício da Amazônica e do Estado do Amazonas“, finalizou.