EDITORIAL – Um ano de desafios e alertas, por Márcia Guimarães
03 de janeiro de 2024
Fatos que marcaram 2023 (Montagem: Paulo Dutra/Revista Cenarium Amazônia)
MANAUS (AM) – O ano que chega ao fim foi cheio de desafios e muitos alertas. De ataque à democracia à era da ebulição, com mudanças climáticas intensificadas por um El Niño fora do normal, passando por avanços e retrocessos nos debates ambientais, por esperança e decepções nos direitos indígenas e ainda pelas contradições em torno do uso dos combustíveis fósseis. O ano de 2023 foi repleto de fatos que testaram a resistência e acenderam a luz amarela para alertar sobre mudanças que se fazem urgentes.
Nesta edição, a REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA traz um retrato deste ano traduzido em suas capas e reportagens de destaque. Traz ainda uma análise sobre os principais acontecimentos que impactaram a Amazônia, com decisões políticas, questões climáticas e debates internacionais que tiveram efeitos positivos e negativos para a região. A retrospectiva nos lembra também que estamos em momento de transições e que a humanidade precisa escolher os caminhos a seguir para a sua própria preservação.
Este ano começou com requintes de terrorismo, na invasão às sedes dos Três Poderes, articulada por grupos extremistas com forte organização em Estados amazônicos. Sofremos com enchentes e deslizamentos de terra no período chuvoso e com seca recorde na temporada de estiagem.
Mudanças climáticas nos levaram do aquecimento global à era da ebulição, com calor extremo e umidade a níveis baixíssimos. A combustão foi certa e os incêndios florestais, causados por humanos na maioria, se alastraram com facilidade, espalhando fumaça cinza e tornando o ar irrespirável.
Os indígenas conquistaram espaços de poder, mas também sofreram revezes. Nos debates internacionais, promessas de dar fim à energia “suja”, à base da queima de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que se investe em exploração de petróleo e gás na Amazônia.
Mas, apesar de ameaças, contradições e percalços, também houve conquistas. Os extremistas tentaram, mas a democracia segue firme, com os Três Poderes, ao menos, dialogando com diplomacia e respeito. A economia dá sinais de recuperação, com índices melhores do que ao final de 2022, o mesmo para os números do desmatamento na Amazônia. E a Zona Franca de Manaus (ZFM) escapou quase que ilesa na Reforma Tributária.
Em 2024, só não é permitido baixar a guarda. Os alertas já foram dados. É hora de agir.
O assunto foi tema de capa e especial jornalístico da nova edição da REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, do mês de dezembro de 2023. Acesse aqui para ler o conteúdo completo.
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